sábado, 5 de julho de 2008

DO DEUS DA IRA AO PAI BONDOSO-III

III-A TRANSFORMAÇÃO OPERADA POR JESUS

Jesus ao ouvir a pregação de João começou a distanciar-se no que dizia respeito ao dia da ira.
Na verdade, Jesus não se sentia chamado a destruir os pecadores, mas a libertá-los das amarras do pecado.

De João Baptista Jesus recebeu a ideia de que o Reino estava mesmo a chegar. As tentações significavam precisamente a crise pela qual Jesus passou ao tentar discernir o modo de realizar a sua missão messiânica.

Segundo o evangelho de São Lucas, o Espírito Santo ajudou Jesus a descobrir a sua missão messiânica através de um texto de Isaías (Is 61, 1-3).

Após ter descoberto o plano de Deus para si, Jesus comunicou de modo solene a sua descoberta na sinagoga da sua terra (Lc 4, 18-21).

A pregação inicial de Jesus limitava-se a interpelar as pessoas no sentido de se converterem a Deus, pois o seu Reino estava mesmo a chegar.

Eis o que nos diz o evangelho de São Marcos: “Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo:

“Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 14-15).

Se Jesus é o Messias, ele é o rei, o Filho prometido a David. Com o acontecimento da morte de Jesus os discípulos pensaram que, afinal, Jesus não era o rei prometido a David.

No evangelho de São Lucas aparece muito clara a desilusão dos discípulos de Emaús: responderam-lhe: “O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo.

Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel. Entretanto os sumo-sacerdotes e os nossos chefes entregaram-no para ser condenado à morte e crucificado.

E já lá vai o terceiro diz desde que se deram estas coisas” (Lc 24, 19-21).

Em comunhão convosco
Calmeiro Matias

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