
As opções, escolhas e decisões da adolescência são como que o alicerce sobre o qual se edifica uma casa.
Se o alicerce for robusto e seguro, a casa fica sólida e segura. Se, pelo contrário, o alicerce for arenoso e sem profundidade, a casa vai acabar por ruir quando chegarem as tempestades e os vendavais.
Até ao período da adolescência fomos moldados pelos demais, em especial os pais e educadores.
Com a adolescência, a pessoa começa a interagir com os outros de modo muito mais selectivo, isto é, aceitando umas coisas e rejeitando outras.
O adolescente não pode esquecer que continua a precisar dos outros para se realizar, embora de maneira mais autónoma.
Como já vimos, o adolescente pode ainda não saber bem o que quer, mas sabe muito bem aquilo que não quer.
Na verdade, o adolescente começa a saber excluir coisas que ele sente não servirem para ele.
Mas precisa dos outros para descobrir outras coisas que ele desconhece e são fundamentais para a sua realização.
De facto, continua a precisar dos pais e educadores, a fim de construir aquilo que ainda lhe falta para ser uma pessoa plenamente autónoma, segura e realizada.
Pouco a pouco o adolescente começa a sentir que está a emergir nele uma maturidade que se manifesta através de decisões mais amadurecidas e responsáveis.
Com grande alegria os próprios pais também descobrem isto e falem entre si com muito orgulho do seu filho ou filha a crescer.
E assim se vai afirmando o jeito de ser do homem ou da mulher que está a adquirir a sua configuração definitiva na adolescência.
Como somos seres em construção, todas as decisões têm impacto e consequências na nossa vida, em particular as decisões relacionadas com a orientação do futuro.
Como sabemos, a pessoa é um ser histórico. As decisões, escolhas, opções e compromissos vão-se entretecendo e tornando interdependentes.
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