sábado, 2 de fevereiro de 2008

RECRIADOS EM JESUS CRISTO-II

II-JESUS CRISTO É A ÁRVORE DA VIDA

Adão trouxe-nos a morte, diz São Paulo, Cristo trouxe-nos a vida eterna (Rm 5, 17).

O Novo Adão dá-nos a Vida Eterna, a qual não se confunde com uma simples imortalidade. Eis as palavras de Jesus:

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia (Jo 6, 54).

O fruto da Árvore da Vida, como vimos acima, é o Espírito Santo. É ele a água viva que Cristo nos dá (Jo 7, 37-39; 37-39).

É ele, diz o evangelho de São João, a carne e o sangue de Cristo ressuscitado, os quais são para nós o alimento da Vida Eterna (Jo 6, 62-63).

Por outras palavras, o Espírito Santo é o Sangue da Nova Aliança, o qual purifica o nosso coração, fazendo-nos passar do homem velho para a condição de homens novos, recriados em Cristo.

O homem velho é o homem egoísta e, portanto, fratricida, tal como foi Caim que foi egoísta e matou seu irmão Abel (Gn 4, 8-10).

O Homem velho, por fazer um todo orgânico com Adão, morre com ele.

O Homem Novo, como faz uma união orgânica e dinâmica com Cristo, por isso é recriado e tem a vida eterna em Cristo.

Por outras palavras, o Homem Novo participa da vitória de Cristo sobre a morte, diz São Paulo (Rm 5, 17-19).

Eis a suas palavras: “Todos os que estão em Cristo são uma nova criação. O homem velho passou. Eis que tudo se fez novo.

Tudo isto vem de Deus que, em Jesus Cristo, nos reconciliou consigo, não levando mais em conta os pecados dos homens (2 Cor 5, 17-19).

Com a sua infidelidade, Adão fechou-nos as portas do Paraíso, diz o livro do Génesis (Gn 3, 22-24).

Graças à fidelidade incondicional Jesus Cristo, as portas do Paraíso são de novo abertas para nós, como Jesus garante ao Bom Ladrão:

“Em verdade te digo, hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43)

No momento da sua misto quer dizer que Jesus, no momento da sua morte e ressurreição, põe ao nosso alcance o fruto da Vida Eterna, isto é, o Espírito Santo.

No próprio acto de morrer, Jesus Cristo venceu a sua e a nossa morte.

Na verdade, ele não esteve um só momento sob o domínio da morte, pois no próprio acto de morrer a morte foi vencida.

À medida em que aquilo que havia de mortal em Jesus ia morrendo, o Espírito Santo ia glorificando e incorporando na comunhão da Santíssima Trindade a sua realidade imortal.

O processo da morte e a dinâmica ressuscitante do Espírito Santo actuavam em simultâneo no acontecimento da morte e ressurreição de Jesus.

Por outras palavras, no momento em que a dimensão mortal de Jesus acabou de morrer, a sua dimensão imortal estava totalmente ressuscitada, isto é glorificada e assumida na comunhão familiar divina.

Podemos dizer que ressuscitar é ser optimizado pelo Espírito Santo, recuperando de modo glorioso a nossa identidade pessoal histórica.

Esta optimização acontece pela introdução na comunhão universal do Reino de Deus.

Com efeito, no momento em que acabou de morrer, Jesus não ficou reduzido a uma simples alma imortal.

Pelo contrário, torna-se ressurreição e vida para todos, como diz o evangelho de São João: “Jesus diz a Marta: “Eu sou a Ressurreição e a Vida.

Aquele quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá.

E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre” (Jo 11, 25-26).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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