
Na verdade, quem amou até à morte nasceu para a plenitude da vida. Felizes dos que gastaram a vida pelas causas do amor!
Para estas pessoas, a morte final não tem o sentido de uma tragédia sem saída, pois os que passaram a vida a amar souberam ir morrendo em cada dia ao egoísmo que tenta impedir o nascimento do Homem Novo.
O homem egoísta é o homem velho nascido de Adão, o qual encarna a morte uma tragédia sem remédio.
E é verdade! Com efeito, o caminho do egoísmo gradual, progressivo e incondicional, conduz à morte eterna.
É verdade que Deus é Amor. Também é verdade que Deus não condena ninguém e que as pessoas que vão para a morte eterna se condenam por sua própria decisão.
Felizes das pessoas que souberam ir morrendo para dar vida aos outros. Estas pessoas descobriram a maneira mais perfeita de rebentar os muros da própria finitude.
Com efeito, o Homem Novo não pode nascer sem que o Velho vá morrendo. Por outras palavras, não podemos nascer para a plenitude da Vida Eterna sem morrermos ao egoísmo que tenta enroscar-nos sobre nós mesmos, impedindo a nossa abertura à comunhão com Deus e os irmãos.
É verdade que a morte não atinge o homem interior, o qual é pessoal e espiritual. Por outras palavras, o homem espiritual é imortal. Mas a imortalidade não significa Vida Eterna, pois esta só acontece em dinâmica de comunhão.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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