quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A LETRA QUE MATA E O ESPÍRITO QUE DÁ VIDA-I

I-SÃO LUCAS E O BAPTISMO DOS PAGÃOS

São Paulo foi a figura do Novo Testamento que mais sentiu a tensão entre a Novidade do Espírito e o peso asfixiante da letra, isto é, o judaísmo legalista.

Ele mesmo descreveu esta tensão como a luta entre a Vida do Espírito e as forças de morte ligadas à letra que tenta impedir o nascimento do Homem Novo.

Eis o que ele diz a este respeito: “É Deus quem nos torna aptos para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra, mas do Espírito.

Na verdade, a letra mata, mas o Espírito dá vida” (2 Cor 3, 6). No Livro dos Actos dos Apóstolos São Lucas quis descrever a difusão da Igreja nascente e o papel de São Paulo como colaborador do Espírito Santo nesta difusão.

A maior dificuldade à difusão da Igreja nascente foi a resistência dos cristãos da comunidade de Jerusalém.

Estes opunham-se a que os pagãos entrassem directamente nas comunidades cristãs sem antes passarem pelo rito da circuncisão.

São Lucas era pagão e, como tal, não podia ser indiferente a este problema. Encontrou em São Paulo o seu grande apoio, pois o Apóstolo defendia a entrada directa dos pagãos na Igreja, mediante a celebração do baptismo.

São Lucas diz que o plano de Deus para integrar os pagãos na Igreja é um plano eterno. Apoiado por São Paulo, São Lucas defende a opinião de que os pagãos devem entrar na Igreja pelo baptismo sem serem submetidos aos ritos asfixiantes inúteis do judaísmo.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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