quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

DAR-SE É POSSUIR-SE-III

III-TALENTOS E CONSCIÊNCIA PESSOAL

Podemos dizer que a voz da nossa consciência é simultaneamente a voz dos que possibilitaram a nossa realização e a voz do Espírito Santo que nos convida a ser fiéis aos talentos que recebemos deles.

Isto que dizer que agir de acordo com a própria consciência significa responder sim aos valores que os outros nos transmitiram e de acordo com a voz do Espírito Santo que “é o amor de Deus derramado nos nossos corações” (Rm 5,5) Deus que se faz ouvir na nossa consciência.

O Espírito Santo, no nosso íntimo, é uma voz suave que nos convida a ser dom para os irmãos nas das diversas circunstâncias da vida.

Deus nunca nos pede para darmos mais do que as possibilidades ou talentos que temos. Mas a pessoa não é uma marioneta nas mãos de Deus ou dos outros.

O ser humano, tem a possibilidade de se recusar a seguir a voz da consciência e dizer não ao amor com que foi amado.

Neste caso, o ser humano, em vez de se realizar como pessoa e facilitar a realização dos outros, torna-se uma força negativa no tecido social humano.

Isto significa que quando aceitamos ser dom para os outros estamos a ser fiéis a Deus que nos chama a fazer render os nossos talentos.

Estamos também a ser fiel aos que nos amaram e, portanto, capacitando-nos para amar. Além disso estamos a realizar-nos como pessoas e a possibilitar a realização dos outros.

É verdade que o amor dos outros não nos realiza, mas dá-nos a possibilidade de nos realizarmos tornando-nos dom para as pessoas.

Quando nos encontramos com os outros temos, em princípio, a possibilidade de ser dom.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias


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