quarta-feira, 4 de março de 2009

QUANDO DEUS NÃO DESISTE DO HOMEM-I



I-DEUS É A META DO HOMEM

Estamos habitados por uma fome imensa de plenitude, a qual só pode ser saciada mediante o amor.

Em primeiro lugar, precisamos do amor dos outros para sermos capazes de amar. Depois, precisamos de amar para nos realizarmos e podermos crescer em maturidade.

Somo seres talhados para a reciprocidade amorosa: possuímo-nos na medida em que nos damos.
As pessoas são seres talhados para o dom. Isto não acontece para o dom.

A pessoa que se dá não se perde. Pelo contrário, encontra-se e possui-se. A realidade da pessoa talhada para o dom e a reciprocidade amorosa é um mistério, isto é, uma realidade que não é evidente mas que se revela gradualmente.

A fome de felicidade que levamos connosco tem uma direcção e uma densidade espiritual. É um grito que brota da nossa realidade mais profunda, isto é, a nossa interioridade pessoal-espiritual e tende para a comunhão universal do Reino de Deus.

Estamos talhados para o encontro e a comunhão, tanto com as pessoas humanas como com as divinas.

Pelo mistério da Encarnação, a Divindade enxertou-se na Humanidade, a fim de esta ser assumida e incorporada na Família de Deus.

O grau de plenitude que o ser humano encontra na comunhão com Deus é proporcional à sua capacidade de interagir amorosamente.

A nível espiritual a pessoa situa-se ao nível do ser, não do ter. É por esta razão que a pessoa, quando se dá, não se perde.

O Espírito Santo é uma pessoa cujo jeito de interagir optimiza a nossa capacidade de ser dom e, deste modo, de nos possuirmos de modo mais pleno.

Na verdade, a pessoa possui-se na medida em que se dá.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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