Jesus sabia muito bem que o ser humano só pode realizar-se e ser feliz através do amor. Foi esta a razão pela qual ele fez do amor o seu mandamento.
O judaísmo do seu tempo assentava sobre uma multidão de mandamentos, normas, preceitos e leis que os próprios sacerdotes e doutores da Lei se mostravam incapazes de discernir.
Eis a razão pela qual Jesus se opôs a esse amontoado de coisas inúteis, pondo em seu lugar o mandamento do amor:
“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).
Apesar de ser um teólogo judeu, São Paulo entendeu perfeitamente a razão pela qual Jesus pôs no lugar das leis e normas da religião judaica o mandamento do amor.
Eis o que ele diz na carta aos Romanos: “Amar o próximo como a si mesmo resume e cumpre toda a Lei de Moisés” (Rm 13, 8).
Depois acrescenta que o pleno cumprimento da Lei se realiza pelo amor (Rm 13, 10). Inspirado nos ensinamentos de Jesus sobre o amor São Paulo compôs um dos mais belos poemas da literatura universal:
“Ainda que eu fale as línguas dos anjos e dos homens, se não tiver amor não passo de um bronze que soa e faz barulho.
Mesmo que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios, toda a ciência e uma fé tão grande que chegue a deslocar montanhas, se não tiver amor, nada sou (…).
O amor é paciente e prestável. Não é invejoso nem arrogante nem orgulhoso. O amor nada faz de inconveniente nem anda sempre a girar à volta do seu interesse.
Também não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
O amor desculpa tudo e acredita sempre. Espera tudo e tudo suporta. O amor jamais passará” (1 Cor 13, 1-8).
Para levar à plenitude este pensamento de São Paulo, podemos citar a Primeira Carta de São João:
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus.
Na verdade, quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4, 7-8).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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