Com a Encarnação do Filho de Deus, o Homem deu um salto de qualidade e já tem sabor a divino.
O evangelho de São João diz que, pela Encarnação nos foi dada a possibilidade de sermos incorporados na Família Divina (Jo 1, 12-14).
A Humanidade está a emergir no concreto de cada pessoa de modo livre, consciente, responsável e capaz de comunhão amorosa.
Nas pessoas humanas a Humanidade vai emergindo de modo único, original e irrepetível.
A cúpula do poema criador de Deus é Jesus Cristo, o fundamento da nossa divinização.
Foi anunciado ao longo de muitos séculos antes de nascer e ser um homem connosco.
Aconteceu na nossa história como ponto de encontro do humano com o divino.
Nele, a Divindade enxertou-se na Humanidade e o amor criador de Deus conduziu-nos até à nossa divinização.
São planta, réptil, mamífero ou Ave do Céu a voar. Mas a dominante desta sinfonia universal é a Humanidade, barro amassado em cujo interior está um coração capaz de amar.
O Homem está no centro deste poema cheio de emoções, de ternura, de alegria, de dor e sofrimento. Na verdade, por ainda estar inacabado, o Homem é um ser cheio de contradições.
Podemos dizer com toda a verdade que a História Humana está a ser construída por pessoas que amam, sorriem, choram, odeiam e sofrem.
No entanto, apesar de incompleto e imperfeito, este Homem é a cúpula personalizada da Criação.
Apesar da existência do pecado, a Humanidade está a emergir no concreto de pessoas capazes de comungar com Deus e os irmãos.
Calmeiro Matias
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