segunda-feira, 3 de março de 2008

A FRAGILIDADE E SOLIDÃO DOS IDOSOS-IV

IV-HÁ TANTA GENTE QUE OS PODIA AMAR!

Que Deus Trindade, comunhão familiar de perfeição infinita inspire tantas pessoas que vivem ao lado destes dramas cujo sofrimento e solidão podia ser diminuída se tivessem um gesto de amor fraternal.

Na verdade, é uma contradição verificarmos que muito perto dos dramas dos idosos vivem muitas pessoas válidas, homens, mulheres ou mesmo jovens que morrem de tédio por não saber como poderiam preencher os seus dias!

Que o Espírito Santo ajude tantas pessoas desocupadas a eleger os mais pobres e necessitados como seu próximo, a fim de moldarem o seu coração ao jeito do coração de Jesus Cristo.

Há muitas pessoas cheias de possibilidades de amar e cuja vida está a ser infecunda por não saberem que fazer.

Eis algumas razões importantes para optar pelo amor: O amor, é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.

A pessoa que ama relaciona-se de modo cooperante e não concorrencial. Amar é ajudar o outro a gostar de si, condição essencial para se sentir estimulada a decidir e agir no sentido da sua realização e felicidade.

Amar é ajudar o outro a sentir que não está só. Isto é muito importante para a pessoa sentir força se tornar criativa e ser capaz de correr riscos.

Amar é ajudar o outro a suportar os fardos com que a vida, por vezes, nos carrega.

Amar é facilitar a emergência pessoal-espiritual do outro, dando-lhe oportunidades para que se realize como pessoa livre, consciente e responsável.

Quem ama não substitui, mas cultiva a arte de ajudar sem se sobrepor. O amor ajuda a pessoa a compreender que é melhor dar do que receber e que é dando que a pessoa recebe.

Amar é ajudar o outro a descobrir sentidos para viver de modo empenhado e criativo, valorizando as suas capacidades, mesmo que sejam poucas.

Amar é cultivar a arte de saber escolher como tema de conversa e passatempo assuntos agradáveis ao outro.

Amar é também estar atento e saber calar-se quando sentimos que a nossa conversa está a cansar o outro.

Amar é ser capaz de partilhar não só o que temos, mas sobretudo o que somos. É também saber que é mais importante dar tempo ao outro do que dar-lhe coisas.

Na verdade, a disponibilidade para escutar e acolher o outro é mais importante do que os presentes.

Não nos esqueçamos de que os idosos precisam muito do nosso amor!


Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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