quinta-feira, 20 de março de 2008

FAMÍLIA E HUMANIZAÇÃO DO HOMEM-III

III-A ORIGINALIDADE DA FAMÍLIA CRISTÃ

Quando a família se estrutura com os horizontes da fé cristã, ganha um sentido de vida e uma profundidade de comunhão que vão muito além das famílias que não são cristãs.

A Palavra de Deus e a oração projectam luz nova sobre tantos acontecimentos que parecem tirar sentido à vida.

Na verdade, a Palavra de Deus potencia o sentido daquilo que já o tem e confere sentido àquilo que, à simples luz da razão, parece não ter qualquer sentido.

Por isso podemos falar de um sentido racional e de um sentido teologal da vida, o qual emerge a partir da meditação e do aprofundamento da Palavra e dos conteúdos da fé cristã.

Podemos dizer que o sentido teologal da vida vai emergindo à medida em que a Palavra de Deus vai sendo dita pelo Espírito Santo nos nossos corações.

O que distingue o cristão dos não cristãos é precisamente esta sabedoria teologal que emerge no coração dos crentes à medida em que o Espírito Santo lhes vai dizendo a verdade de Deus, do Homem, da História e do Homem.

O conteúdo da Fé cristã é a revelação, cujo coração é o mistério da Encarnação, esse enxerto do divino no humano, a fim de os seres humanos serem assumidos e incorporados na Família de Deus.

Fomos talhados para Deus. Isto quer dizer que vocação humana fundamental é a nossa plenitude na plenitude de Deus.

À luz da fé cristã, o sentido máximo da vida humana é Jesus Cristo, um homem perfeito com o qual fazemos um todo orgânico.

Jesus Cristo é o ponto de união do humano com o divino, pois pela Encarnação ele faz um todo orgânico com a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

É este o sentido profundo da vida humana, quando esta é saboreada à luz da fé cristã.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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