IV-DA HUMANIZAÇÃO À DIVINIZAÇÃO
Como sabemos, os dois pólos da humanização são a emergência pessoal e a convergência comunitária. Quanto mais emergimos como pessoas mais capazes somos de comunhão.
Somos, de facto, imagens perfeitas da Divindade, as quais é uma comunhão perfeita de três pessoas.
Tal como os biliões de pessoas humanas formam uma só Humanidade, as três pessoas divinas formam uma só Divindade.
A grande tarefa de todos nós é, portanto, a nossa realização, respondendo fielmente aos apelos do amor em nós.
Deste modo vamos crescendo como pessoas humanas, tornando-nos, não iguais, mas proporcionais às pessoas divinas.
Como a Humanidade está vocacionada para ser divina, a plenitude humana encontra-se nessa união orgânica que é a comunhão da Santíssima Trindade.
Neste projecto de amor, Jesus Cristo é o ponto de encontro do Humano com o Divino.
Na verdade, foi em Jesus de Nazaré que a Humanidade atingiu a sua plenitude.
É esta a luz que o mistério da Encarnação projecta sobre o sentido da vida humana: O Deus Amor une-se ao Homem na medida em que este acontece pela dinâmica do Amor.
O poder de Deus é, afinal, o poder do Amor. Dizer que Deus é amor é o mesmo que dizer que é pessoas em comunhão.
Se Deus é Amor, então os atributos divinos são apenas os atributos do Amor. Deus é só Amor porque é plenitude de pessoas em comunhão.
É verdade que a Humanidade ainda não é uma comunhão perfeita, mas está em processo de amorização, tendo como meta a com unhão humano-divina do Reino de Deus.
Com efeito, os seres humanos ainda não são uma plenitude amorosa, mas estão a caminhar para esta meta.
Por outras palavras, o amor é a dinâmica que está a fazer avançar o processo da humanização.
É mediante a dinâmica do Amor que a pessoa humana vai emergindo como interioridade livre, consciente, responsável e capaz de comunhão amorosa.
Quanto mais emergimos como pessoas mais capazes ficamos de tomar parte na plenitude do Reino de Deus.
É esta a razão pela qual podemos afirmar que será eternamente mais divino quem mais se humanizar agora.
segunda-feira, 31 de março de 2008
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