I-O AMOR VALE PARA VIVER E PARA MORRER
Morrer…
Derradeira possibilidade de voltar a nascer. A consciência da nossa morte ilumina o sentido mais profundo que a vida tem.
Por outras palavras, os sentidos da vida e da morte caminham a passo igual. Eis a razão pela qual sentido máximo da vida acontece na fase terminal.
Há causas que valem para morrer que são exactamente as mesmas que valem para viver: o amor.
Na verdade, quem morre por amor gera comunhão amorosa e nasce para a vida plena. Eis um ensinamento de Jesus sobre esta verdade fundamental:
“É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).
Felizes os que fazem do amor a razão primeira da sua vida, pois a morte surge-lhes como o nascimento que conduz à plenitude.
Felizes dos que sabem ir morrendo para dar vida, pois podem estar seguros de que participarão de modo pleno na ressurreição com Cristo.
A vida dos que se foram gastando ao serviço do amor deixa de ser só deles, pois é uma vida partilhada e assumida na Comunhão Universal da Família de Deus.
Na verdade, os que gastaram a vida dando-se às causas do amor encontram-na e possuem-na de modo pleno na comunhão com Deus.
Dar a vida por amor é a maneira mais perfeita de romper os muros da finitude humana e entrar nas coordenadas da universalidade e da equidistância.
A lei da Comunhão Universal é interacção: “Interacção e plena reciprocidade amorosa entre as pessoas.
Na festa do Reino de Deus cada pessoa é mediação de plenitude e felicidade para as demais. Por isso já não existe solidão, nem luto, nem carências de qualquer espécie.
A Vida Nova está a emergir no interior da pessoa à medida em que esta se vai relacionando amorosamente com os outros.
A Vida Nova, portanto, não emerge sem que a velha se vá gastando por amor.
sexta-feira, 14 de março de 2008
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