I-O SENTIDO DA VIDA À LUZ DA RAZÃO
O sentido da vida humana não é uma evidência que se nos imponha à partida. No seu aspecto mais profundo, o sentido da vida é uma revelação.
Em primeiro lugar revelação que vai amadurecendo no coração da pessoa que tenta encontrar as razões do que lhe acontece.
Isto acontece às pessoas que procuram dar razões das suas atitudes e comportamentos. Neste aspecto, a revelação do sentido da vida é uma sabedoria, isto é, uma capacidade de saborear a vida, os acontecimentos e a história dentro de uma visão inteligente.
Esta sabedoria depende do Homem. Mas há uma outra fonte de sabedoria que transcende o Homem e que é a Revelação de Deus.
A pessoa que se abre a esta Revelação começa a adquirir uma sabedoria cujos horizontes transcendem o alcance da inteligência Humana.
A Revelação é a mensagem de Deus pata a Humanidade. Acontece como confidência do Espírito Santo no coração do crente.
As mediações de que o Espírito Santo se serve para fazer esta confidência no nosso íntimo são a Escritura, a Comunidade Cristã e os sinais dos tempos.
A razão descobre muitas coisas que dão sentido à vida. São as grandes razões pelas quais vale a pena viver.
Por estas também vale a pena morrer ou dar a vida: O Amor, a fraternidade, a justiça, a libertação dos que são oprimidos e explorados.
Mas há também acontecimentos que chocam com a razão precisamente porque parecem tirar todo o sentido à vida: Crianças vítimas de doenças graves, jovens que morrem de cancro, pessoas que morrem aos milhares num tremor de terra e tantas outras catástrofes.
segunda-feira, 31 de março de 2008
O CRISTÃO E O SENTIDO DA VIDA-II
II-FÉ CRISTÃ E SENTIDO DA VIDA
Só a Revelação de Deus pode projectar luz sobre tantos acontecimentos que parecem tirar sentido à vida.
A Palavra de Deus potencia o sentido daquilo que já o tem e confere sentido àquilo que, à simples luz da razão, parece não ter qualquer sentido.
Por isso podemos falar de um sentido racional e de um sentido teologal da vida. Este emerge a partir da meditação e do aprofundamento da vida cristã.
Podemos dizer que o sentido teologal da vida vai emergindo à medida em que a Palavra de Deus vai sendo dita pelo Espírito Santo nos nossos corações.
O que distingue o cristão dos não cristãos é precisamente o horizonte teologal da vida. A vida teologal é um Dom de Deus, não uma conquista do Homem.
É a sabedoria que emerge no coração do crente à medida em que o Espírito Santo nos vai dizendo a verdade de Deus, do Homem, da História e do Homem.
Na verdade, a revelação vai-nos ajudando a compreender quem somos, qual o nosso lugar no plano salvador de Deus.
O conteúdo da Fé cristã é a revelação de Deus à Humanidade, cujo coração é o mistério da Encarnação.
Por outras palavras, graças à revelação divina, o crente vai compreendendo de modo progressivo que, graças à Encarnação, o divino se enxertou no humano, a fim de os seres humanos serem divinizados.
Na verdade, a Encarnação não foi apenas uma visita que Deus nos fez através da segunda pessoa da Santíssima Trindade.
A vocação humana, à luz da fé, é a nossa própria incorporação na Família Divina como filhos em relação a Deus Pai e como irmãos em relação a Deus Filho.
O sentido máximo da vida humana é, pois, Jesus Cristo. Ele é um perfeito e, portanto, faz um todo orgânico connosco.
Um homem só é perfeito na medida em que está interligado com a Humanidade. Como homem perfeito, Jesus Cristo é o ponto de união do humano com o divino, pois pela Encarnação ele faz um todo orgânico com a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, isto é, o Filho Eterno de Deus.
Só a Revelação de Deus pode projectar luz sobre tantos acontecimentos que parecem tirar sentido à vida.
A Palavra de Deus potencia o sentido daquilo que já o tem e confere sentido àquilo que, à simples luz da razão, parece não ter qualquer sentido.
Por isso podemos falar de um sentido racional e de um sentido teologal da vida. Este emerge a partir da meditação e do aprofundamento da vida cristã.
Podemos dizer que o sentido teologal da vida vai emergindo à medida em que a Palavra de Deus vai sendo dita pelo Espírito Santo nos nossos corações.
O que distingue o cristão dos não cristãos é precisamente o horizonte teologal da vida. A vida teologal é um Dom de Deus, não uma conquista do Homem.
É a sabedoria que emerge no coração do crente à medida em que o Espírito Santo nos vai dizendo a verdade de Deus, do Homem, da História e do Homem.
Na verdade, a revelação vai-nos ajudando a compreender quem somos, qual o nosso lugar no plano salvador de Deus.
O conteúdo da Fé cristã é a revelação de Deus à Humanidade, cujo coração é o mistério da Encarnação.
Por outras palavras, graças à revelação divina, o crente vai compreendendo de modo progressivo que, graças à Encarnação, o divino se enxertou no humano, a fim de os seres humanos serem divinizados.
Na verdade, a Encarnação não foi apenas uma visita que Deus nos fez através da segunda pessoa da Santíssima Trindade.
A vocação humana, à luz da fé, é a nossa própria incorporação na Família Divina como filhos em relação a Deus Pai e como irmãos em relação a Deus Filho.
O sentido máximo da vida humana é, pois, Jesus Cristo. Ele é um perfeito e, portanto, faz um todo orgânico connosco.
Um homem só é perfeito na medida em que está interligado com a Humanidade. Como homem perfeito, Jesus Cristo é o ponto de união do humano com o divino, pois pela Encarnação ele faz um todo orgânico com a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, isto é, o Filho Eterno de Deus.
O CRISTÃO E O SENTIDO DA VIDA-III
III-INCORPORADOS EM DEUS
Graças ao facto de formarmos uma união orgânica com Cristo, nós somos já membros da Família de Deus.
Ao criar-nos à sua imagem e semelhança, Deus talhou-nos para sermos membros da Família divina.
A nossa divinização acontece, pois mediante a assunção e incorporação orgânica na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
É este o sentido profundo da vida humana, quando é saboreada à luz da fé cristã. No entanto, não devemos pensar que Deus nos substitui, pois ele apenas diviniza o que o Homem Humaniza.
A grande tarefa do Homem, isto é, a sua vocação primeira, é a sua humanização. A nossa humanização, por ser a nossa vocação primeira, ninguém a pode realizar por nós.
De facto, começamos por ser aquilo que os outros fizeram de nós. Dos outros recebemos os talentos ou possibilidades de realização. Mas o mais importante não são os talentos que recebemos, mas a maneira como os fazemos render.
A lei da humanização é: Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.
A pessoa é, portanto, um ser em construção. Quanto mais se realiza mais converge para o todo orgânico que é a Humanidade.
Esta constitui-se como um entretecido relacional onde a riqueza de cada pessoa circula pela totalidade humana.
É a força do Amor que faz emergir a pessoa. Só entramos de modo activo na Comunhão Universal na medida em que emergimos mediante atitudes, escolhas e opções de amor.
Encontra-se na plenitude e saboreia o infinito da comunhão humano-divina, graças ao dom de todos a circular por todos.
Os que recusam de maneira sistemática o chamamento do amor enroscam-se de modo progressivo sobre si mesmos, ficando reduzidos a si.
É esta a situação de inferno, pois a plenitude da pessoa não está em si, mas na comunhão amorosa.
No estado de inferno, a pessoa fica totalmente reduzida a si, pois todas as portas da comunhão foram encerradas.
Neste estado de morte eterna, a pessoa está incapacitada para receber e comunicar mensagens de comunhão e amor.
Por outras palavras, na situação de inferno, a pessoa está incapacitada para qualquer reciprocidade amorosa.
Na situação de inferno, a pessoa não tem quem lhe diga: “Gosto muito de ti”. “Dá-me a tua mão e vamos fazer uma festa”.
Graças ao facto de formarmos uma união orgânica com Cristo, nós somos já membros da Família de Deus.
Ao criar-nos à sua imagem e semelhança, Deus talhou-nos para sermos membros da Família divina.
A nossa divinização acontece, pois mediante a assunção e incorporação orgânica na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
É este o sentido profundo da vida humana, quando é saboreada à luz da fé cristã. No entanto, não devemos pensar que Deus nos substitui, pois ele apenas diviniza o que o Homem Humaniza.
A grande tarefa do Homem, isto é, a sua vocação primeira, é a sua humanização. A nossa humanização, por ser a nossa vocação primeira, ninguém a pode realizar por nós.
De facto, começamos por ser aquilo que os outros fizeram de nós. Dos outros recebemos os talentos ou possibilidades de realização. Mas o mais importante não são os talentos que recebemos, mas a maneira como os fazemos render.
A lei da humanização é: Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.
A pessoa é, portanto, um ser em construção. Quanto mais se realiza mais converge para o todo orgânico que é a Humanidade.
Esta constitui-se como um entretecido relacional onde a riqueza de cada pessoa circula pela totalidade humana.
É a força do Amor que faz emergir a pessoa. Só entramos de modo activo na Comunhão Universal na medida em que emergimos mediante atitudes, escolhas e opções de amor.
Encontra-se na plenitude e saboreia o infinito da comunhão humano-divina, graças ao dom de todos a circular por todos.
Os que recusam de maneira sistemática o chamamento do amor enroscam-se de modo progressivo sobre si mesmos, ficando reduzidos a si.
É esta a situação de inferno, pois a plenitude da pessoa não está em si, mas na comunhão amorosa.
No estado de inferno, a pessoa fica totalmente reduzida a si, pois todas as portas da comunhão foram encerradas.
Neste estado de morte eterna, a pessoa está incapacitada para receber e comunicar mensagens de comunhão e amor.
Por outras palavras, na situação de inferno, a pessoa está incapacitada para qualquer reciprocidade amorosa.
Na situação de inferno, a pessoa não tem quem lhe diga: “Gosto muito de ti”. “Dá-me a tua mão e vamos fazer uma festa”.
O CRISTÃO E O SENTIDO DA VIDA-IV
IV-DA HUMANIZAÇÃO À DIVINIZAÇÃO
Como sabemos, os dois pólos da humanização são a emergência pessoal e a convergência comunitária. Quanto mais emergimos como pessoas mais capazes somos de comunhão.
Somos, de facto, imagens perfeitas da Divindade, as quais é uma comunhão perfeita de três pessoas.
Tal como os biliões de pessoas humanas formam uma só Humanidade, as três pessoas divinas formam uma só Divindade.
A grande tarefa de todos nós é, portanto, a nossa realização, respondendo fielmente aos apelos do amor em nós.
Deste modo vamos crescendo como pessoas humanas, tornando-nos, não iguais, mas proporcionais às pessoas divinas.
Como a Humanidade está vocacionada para ser divina, a plenitude humana encontra-se nessa união orgânica que é a comunhão da Santíssima Trindade.
Neste projecto de amor, Jesus Cristo é o ponto de encontro do Humano com o Divino.
Na verdade, foi em Jesus de Nazaré que a Humanidade atingiu a sua plenitude.
É esta a luz que o mistério da Encarnação projecta sobre o sentido da vida humana: O Deus Amor une-se ao Homem na medida em que este acontece pela dinâmica do Amor.
O poder de Deus é, afinal, o poder do Amor. Dizer que Deus é amor é o mesmo que dizer que é pessoas em comunhão.
Se Deus é Amor, então os atributos divinos são apenas os atributos do Amor. Deus é só Amor porque é plenitude de pessoas em comunhão.
É verdade que a Humanidade ainda não é uma comunhão perfeita, mas está em processo de amorização, tendo como meta a com unhão humano-divina do Reino de Deus.
Com efeito, os seres humanos ainda não são uma plenitude amorosa, mas estão a caminhar para esta meta.
Por outras palavras, o amor é a dinâmica que está a fazer avançar o processo da humanização.
É mediante a dinâmica do Amor que a pessoa humana vai emergindo como interioridade livre, consciente, responsável e capaz de comunhão amorosa.
Quanto mais emergimos como pessoas mais capazes ficamos de tomar parte na plenitude do Reino de Deus.
É esta a razão pela qual podemos afirmar que será eternamente mais divino quem mais se humanizar agora.
Como sabemos, os dois pólos da humanização são a emergência pessoal e a convergência comunitária. Quanto mais emergimos como pessoas mais capazes somos de comunhão.
Somos, de facto, imagens perfeitas da Divindade, as quais é uma comunhão perfeita de três pessoas.
Tal como os biliões de pessoas humanas formam uma só Humanidade, as três pessoas divinas formam uma só Divindade.
A grande tarefa de todos nós é, portanto, a nossa realização, respondendo fielmente aos apelos do amor em nós.
Deste modo vamos crescendo como pessoas humanas, tornando-nos, não iguais, mas proporcionais às pessoas divinas.
Como a Humanidade está vocacionada para ser divina, a plenitude humana encontra-se nessa união orgânica que é a comunhão da Santíssima Trindade.
Neste projecto de amor, Jesus Cristo é o ponto de encontro do Humano com o Divino.
Na verdade, foi em Jesus de Nazaré que a Humanidade atingiu a sua plenitude.
É esta a luz que o mistério da Encarnação projecta sobre o sentido da vida humana: O Deus Amor une-se ao Homem na medida em que este acontece pela dinâmica do Amor.
O poder de Deus é, afinal, o poder do Amor. Dizer que Deus é amor é o mesmo que dizer que é pessoas em comunhão.
Se Deus é Amor, então os atributos divinos são apenas os atributos do Amor. Deus é só Amor porque é plenitude de pessoas em comunhão.
É verdade que a Humanidade ainda não é uma comunhão perfeita, mas está em processo de amorização, tendo como meta a com unhão humano-divina do Reino de Deus.
Com efeito, os seres humanos ainda não são uma plenitude amorosa, mas estão a caminhar para esta meta.
Por outras palavras, o amor é a dinâmica que está a fazer avançar o processo da humanização.
É mediante a dinâmica do Amor que a pessoa humana vai emergindo como interioridade livre, consciente, responsável e capaz de comunhão amorosa.
Quanto mais emergimos como pessoas mais capazes ficamos de tomar parte na plenitude do Reino de Deus.
É esta a razão pela qual podemos afirmar que será eternamente mais divino quem mais se humanizar agora.
sexta-feira, 28 de março de 2008
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA-I
I-A IMPORTÂNCIA DO NOSSO CORPO
A base do nosso ser é o corpo. A nossa condição corporal liga-nos umbilicalmente à Terra, da qual obtemos constantemente os elementos essenciais para a vida.
Por outras palavras, é do meio ambiente que obtemos oxigénio, proteínas, vitaminas e toda uma variedade de elementos necessários à subsistência e à vida.
Além disso, o nosso corpo é mediação de encontro e comunhão com os outros. De facto, uma pessoa, para comunicar com as outras, precisa da mediação corporal.
Este corpo é como que o alicerce a partir do qual emerge o nosso ser interior. Por outras palavras, habitamos um corpo que é um ser vivo cheio de necessidades: fome, sede, necessidade de conforto, de repouso, de movimento, de sono, de vigília, de higiene e muitas outras.
Muitos dos nossos comportamentos estão condicionados pelas necessidades corporais, tais como comer, vestir, higiene, sexualidade e outras.
As pessoas respondem de modo diferente às suas necessidades corporais, assumindo comportamentos diferentes devido às suas necessidades corporais.
Na verdade, podemos observar uma variedade de comportamentos, os quais dependem do modo como a pessoa decide gerir as necessidades do seu corpo:
Atitudes impulsivas, mecanismos de compensação, como busca exagerada de prazeres e satisfações, intolerância, agressividade e exigências desproporcionadas.
A vida corporal ou biológica e a vida psíquica estão absolutamente interligadas. Estes dois níveis formam o nosso ser exterior ou individual em cujo interior está a emergir o nosso ser pessoal-espiritual.
Por outras palavras, o ser interior da pessoa emerge dentro do ser exterior como o pintainho emerge dentro do ovo.
O nosso corpo e o nosso psiquismo formam o dado básico, isto é, os talentos, os quais divergem de pessoa para pessoa.
De facto, começamos por ser o que os outros fizeram de nós. Mas o mais importante é o modo como nos realizamos a partir do que recebemos dos outros.
A nossa fidelidade aos dons corporais, psíquicos e espirituais constituem o essencial da nossa humanização.
A nossa estrutura natural, isto é, os dados que recebemos dos outros, constitui a nossa hominização.
O modo como nos realizamos com o que recebemos dos outros constitui a nossa humanização, cuja lei é:
“Emergência espiritual mediante relações de amor, e convergência para a Comunhão Humana Universal”
À luz da Fé Cristã, a Comunhão Humana Universal, graças à Encarnação de Cristo, é já comunhão Humano-Divina.
A realização pessoal-espiritual de cada ser humano, depende do corpo, como a emergência do pintainho depende do ovo em cujo interior está em gestação.
Quanto mais nos realizarmos como pessoas, mais capazes somos de comungar com as demais pessoas humanas, as divinas, e todas as demais que façam parte da Comunhão Universal do Reino de Deus.
A base do nosso ser é o corpo. A nossa condição corporal liga-nos umbilicalmente à Terra, da qual obtemos constantemente os elementos essenciais para a vida.
Por outras palavras, é do meio ambiente que obtemos oxigénio, proteínas, vitaminas e toda uma variedade de elementos necessários à subsistência e à vida.
Além disso, o nosso corpo é mediação de encontro e comunhão com os outros. De facto, uma pessoa, para comunicar com as outras, precisa da mediação corporal.
Este corpo é como que o alicerce a partir do qual emerge o nosso ser interior. Por outras palavras, habitamos um corpo que é um ser vivo cheio de necessidades: fome, sede, necessidade de conforto, de repouso, de movimento, de sono, de vigília, de higiene e muitas outras.
Muitos dos nossos comportamentos estão condicionados pelas necessidades corporais, tais como comer, vestir, higiene, sexualidade e outras.
As pessoas respondem de modo diferente às suas necessidades corporais, assumindo comportamentos diferentes devido às suas necessidades corporais.
Na verdade, podemos observar uma variedade de comportamentos, os quais dependem do modo como a pessoa decide gerir as necessidades do seu corpo:
Atitudes impulsivas, mecanismos de compensação, como busca exagerada de prazeres e satisfações, intolerância, agressividade e exigências desproporcionadas.
A vida corporal ou biológica e a vida psíquica estão absolutamente interligadas. Estes dois níveis formam o nosso ser exterior ou individual em cujo interior está a emergir o nosso ser pessoal-espiritual.
Por outras palavras, o ser interior da pessoa emerge dentro do ser exterior como o pintainho emerge dentro do ovo.
O nosso corpo e o nosso psiquismo formam o dado básico, isto é, os talentos, os quais divergem de pessoa para pessoa.
De facto, começamos por ser o que os outros fizeram de nós. Mas o mais importante é o modo como nos realizamos a partir do que recebemos dos outros.
A nossa fidelidade aos dons corporais, psíquicos e espirituais constituem o essencial da nossa humanização.
A nossa estrutura natural, isto é, os dados que recebemos dos outros, constitui a nossa hominização.
O modo como nos realizamos com o que recebemos dos outros constitui a nossa humanização, cuja lei é:
“Emergência espiritual mediante relações de amor, e convergência para a Comunhão Humana Universal”
À luz da Fé Cristã, a Comunhão Humana Universal, graças à Encarnação de Cristo, é já comunhão Humano-Divina.
A realização pessoal-espiritual de cada ser humano, depende do corpo, como a emergência do pintainho depende do ovo em cujo interior está em gestação.
Quanto mais nos realizarmos como pessoas, mais capazes somos de comungar com as demais pessoas humanas, as divinas, e todas as demais que façam parte da Comunhão Universal do Reino de Deus.
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA-II
II-A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
A dignidade da pessoa começa no facto de não nascer determinada. Com efeito, os seres humanos nascem com um leque de talentos que lhe possibilita uma diversidade de opções, escolhas, e compromissos de vida.
Na verdade, a pessoa está chamada a ser autora de si própria, mas sempre em relações com os outros.
Na verdade, a pessoa humana é um ser criado à imagem de Deus que é uma comunhão amorosa de três pessoas.
Pela sua condição pessoal, o ser humano abre-se à transcendência Divina. Pelo mistério da Encarnação, as pessoas divinas e as humanas passaram a formar uma comunhão orgânica humano-divina.
Com efeito, a Encarnação é o enxerto do divino no humano, a fim deste ser assumido e incorporado na comunhão divina.
Se a Divindade é comunhão amorosa de três pessoas, então temos de dizer que a vida pessoal é a primeira realidade a existir.
Desde toda a eternidade e antes de qualquer realidade criada existe uma comunhão amorosa de três pessoas.
A Primeira Carta de São João, ao dizer que Deus é amor quer dizer precisamente que é pessoas em comunhão (1 Jo 4, 7).
Podemos dizer que a criação leva em si as impressões digitais do amor, pois o Criador do Universo é amor.
Não há vida pessoal que não tenha densidade espiritual. Por outras palavras, o Espírito e o Amor estão primeiro.
Na verdade, o impulso primordial de génese cósmica foi provocado pelo amor. Isto quer dizer que ainda antes de existir o Universo já existia a comunhão familiar e o Amor.
A vida pessoal, portanto, está primeiro. Além disso, nunca vai terminar, pois tem densidade espiritual.
A comunhão amorosa de três pessoas é, pois, o começo e o fim, o Alfa e o Ómega, isto é, o começo e a plenitude da Criação.
A dignidade da pessoa começa no facto de não nascer determinada. Com efeito, os seres humanos nascem com um leque de talentos que lhe possibilita uma diversidade de opções, escolhas, e compromissos de vida.
Na verdade, a pessoa está chamada a ser autora de si própria, mas sempre em relações com os outros.
Na verdade, a pessoa humana é um ser criado à imagem de Deus que é uma comunhão amorosa de três pessoas.
Pela sua condição pessoal, o ser humano abre-se à transcendência Divina. Pelo mistério da Encarnação, as pessoas divinas e as humanas passaram a formar uma comunhão orgânica humano-divina.
Com efeito, a Encarnação é o enxerto do divino no humano, a fim deste ser assumido e incorporado na comunhão divina.
Se a Divindade é comunhão amorosa de três pessoas, então temos de dizer que a vida pessoal é a primeira realidade a existir.
Desde toda a eternidade e antes de qualquer realidade criada existe uma comunhão amorosa de três pessoas.
A Primeira Carta de São João, ao dizer que Deus é amor quer dizer precisamente que é pessoas em comunhão (1 Jo 4, 7).
Podemos dizer que a criação leva em si as impressões digitais do amor, pois o Criador do Universo é amor.
Não há vida pessoal que não tenha densidade espiritual. Por outras palavras, o Espírito e o Amor estão primeiro.
Na verdade, o impulso primordial de génese cósmica foi provocado pelo amor. Isto quer dizer que ainda antes de existir o Universo já existia a comunhão familiar e o Amor.
A vida pessoal, portanto, está primeiro. Além disso, nunca vai terminar, pois tem densidade espiritual.
A comunhão amorosa de três pessoas é, pois, o começo e o fim, o Alfa e o Ómega, isto é, o começo e a plenitude da Criação.
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA-III
III-O SALTO DA IMORTALIDADE
Se a vida pessoal tem densidade espiritual, então podemos concluir que, sem vida pessoal, não existe vida imortal.
Por outras palavras, apenas a vida pessoal tem densidade de vida eterna. Isto quer dizer que a vida pessoal ou é divina ou é proporcional a Deus.
Tudo isto nos mostra como o aparecimento de seres pessoais na marcha da criação, esta deu um salto de qualidade, atingindo o limiar da vida irreversível ou imortal.
Como podemos ver, a pessoa humana pertence à cúpula da Criação. O crescimento da vida pessoal não é uma questão de quantidade. Não se avalia ao quilo, nem é questão de volume.
Não se mede ao metro, nem se analisa pelo método das superfícies. Só se pode valorizar pelo seu jeito de se relacionar. As pessoas divinas são infinitamente perfeitas.
As pessoas humanas são seres em realização gradual e progressiva. Cada pessoa humana é única, mas talhada para a reciprocidade.
Podemos dizer que cada ser humano está alicerçado na sua unicidade, mas estruturada para a reciprocidade da comunhão amorosa.
Eis a razão pela qual as pessoas só encontram a sua plenitude na comunhão amorosa. Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se e possui-se mais plenamente.
Por ser livre, não emerge de modo automático por fatalidade ou destino. A realização pessoal é um processo histórico e uma tarefa de amor.
Não acontece como uma simples emergência espontânea. É por esta razão que à medida em que emerge mediante opções e decisões na linha do amor, emerge como novidade constante.
Nunca encontramos uma pessoa em realização no mesmo ponto em que a deixámos da última vez.
Deus é também uma novidade constante no interior das relações amorosas entre as pessoas divinas.
A Divindade nunca se repete no jeito de ser Pai, Filho e ternura maternal de Deus na pessoa do Espírito Santo.
O Amor é sempre novo. O Pai e o Filho, encontram-se como novidade permanente no Espírito Santo:
“ O que estava sentado no trono disse: ‘Eu renovo todas as coisas (...). Disse ainda: ‘Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim (Apc 21, 5-6).
Os seres pessoais pertencem à cúpula da Vida. A vida pessoal nunca vem de fora para dentro.
O nosso ser pessoal emerge no interior do nosso ser exterior ou individual como o pintainho dentro do ovo.
Por outras palavras, os seres humanos não nascem como almas feitas, mas como pessoas em processo de espiritualização.
Com o salto evolutivo para o nível pessoal a vida atinge a imortalidade. Mas só se torna sucesso eterno, mediante a assunção e incorporação na Comunhão Universal cujo coração é Cristo.
O crescimento pessoal só acontece através de opções, escolhas, decisões e compromissos.
A pessoa faz-se, fazendo. Realiza-se, realizando. Constrói-se, construindo...
A emergência pessoal é o coração do processo de humanização cuja lei é: Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.
O malogro desta dinâmica é a pessoa enroscar-se sobre si sem possibilidades de encontro e comunhão com as outras pessoas. É o estado de perdição ou o inferno.
No estado de perdição, a pessoa, não consegue de perceber qualquer movimento de amor e bem-querer.
Não tem capacidade para saborear qualquer gesto de partilha ou reciprocidade amorosa. O egoísmo é uma força capaz de enroscar a pessoa sobre si mesma, como se de um parafuso se tratasse.
Este auto enroscamento acontece de modo gradual através de uma recusa progressiva e incondicional às propostas do amor.
Se a vida pessoal tem densidade espiritual, então podemos concluir que, sem vida pessoal, não existe vida imortal.
Por outras palavras, apenas a vida pessoal tem densidade de vida eterna. Isto quer dizer que a vida pessoal ou é divina ou é proporcional a Deus.
Tudo isto nos mostra como o aparecimento de seres pessoais na marcha da criação, esta deu um salto de qualidade, atingindo o limiar da vida irreversível ou imortal.
Como podemos ver, a pessoa humana pertence à cúpula da Criação. O crescimento da vida pessoal não é uma questão de quantidade. Não se avalia ao quilo, nem é questão de volume.
Não se mede ao metro, nem se analisa pelo método das superfícies. Só se pode valorizar pelo seu jeito de se relacionar. As pessoas divinas são infinitamente perfeitas.
As pessoas humanas são seres em realização gradual e progressiva. Cada pessoa humana é única, mas talhada para a reciprocidade.
Podemos dizer que cada ser humano está alicerçado na sua unicidade, mas estruturada para a reciprocidade da comunhão amorosa.
Eis a razão pela qual as pessoas só encontram a sua plenitude na comunhão amorosa. Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se e possui-se mais plenamente.
Por ser livre, não emerge de modo automático por fatalidade ou destino. A realização pessoal é um processo histórico e uma tarefa de amor.
Não acontece como uma simples emergência espontânea. É por esta razão que à medida em que emerge mediante opções e decisões na linha do amor, emerge como novidade constante.
Nunca encontramos uma pessoa em realização no mesmo ponto em que a deixámos da última vez.
Deus é também uma novidade constante no interior das relações amorosas entre as pessoas divinas.
A Divindade nunca se repete no jeito de ser Pai, Filho e ternura maternal de Deus na pessoa do Espírito Santo.
O Amor é sempre novo. O Pai e o Filho, encontram-se como novidade permanente no Espírito Santo:
“ O que estava sentado no trono disse: ‘Eu renovo todas as coisas (...). Disse ainda: ‘Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim (Apc 21, 5-6).
Os seres pessoais pertencem à cúpula da Vida. A vida pessoal nunca vem de fora para dentro.
O nosso ser pessoal emerge no interior do nosso ser exterior ou individual como o pintainho dentro do ovo.
Por outras palavras, os seres humanos não nascem como almas feitas, mas como pessoas em processo de espiritualização.
Com o salto evolutivo para o nível pessoal a vida atinge a imortalidade. Mas só se torna sucesso eterno, mediante a assunção e incorporação na Comunhão Universal cujo coração é Cristo.
O crescimento pessoal só acontece através de opções, escolhas, decisões e compromissos.
A pessoa faz-se, fazendo. Realiza-se, realizando. Constrói-se, construindo...
A emergência pessoal é o coração do processo de humanização cuja lei é: Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.
O malogro desta dinâmica é a pessoa enroscar-se sobre si sem possibilidades de encontro e comunhão com as outras pessoas. É o estado de perdição ou o inferno.
No estado de perdição, a pessoa, não consegue de perceber qualquer movimento de amor e bem-querer.
Não tem capacidade para saborear qualquer gesto de partilha ou reciprocidade amorosa. O egoísmo é uma força capaz de enroscar a pessoa sobre si mesma, como se de um parafuso se tratasse.
Este auto enroscamento acontece de modo gradual através de uma recusa progressiva e incondicional às propostas do amor.
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA-IV
IV-A TAREFA DA REALIZAÇÃO PESSOAL
Cada pessoa é autora da sua própria humanização. Ninguém a pode substituir ou colocar-se em seu lugar.
Eis a raiz da dignidade e da grandeza pessoal. A emergência da vida pessoal encontra a sua plenitude na transcendência Divina.
A pessoa humana é assumida na intimidade familiar de Deus. O Criador imprimiu na génese do Universo a semente da vida pessoal, a qual dá o seu fruto com o aparecimento do barro amassado do qual saiu Adão (Gn 2,7-a).
O barro a amassar-se é a evolução animal a caminhar para a complexidade da hominização.
Um vez amassado, o barro recebe o hálito da vida divina, ficando capacitado para iniciar a marcha da humanização (Gn 2,7-b).
Uma vez que o hálito da vida passa de Deus para o Homem, este torna-se barro com coração, isto é, com capacidade de optar e com a possibilidade de amar, elegendo os outros como alvos de bem-querer.
Como vemos a grandeza do Homem em construção consiste em ser autor de si mesmo. Ninguém o pode substituir na marcha da sua humanização cuja meta é a divinização, mediante a incorporação na Família de Deus.
Não pode ser substituído por Deus nem pelos outros seres humanos. À medida em que o ser humano é fiel ao chamamento do amor, a vida pessoal dilata-se na sua interioridade, apacitando-o para a Comunhão Universal.
Para isso nos vai dotando com novas possibilidades para participarmos no mistério do Reino de Deus, que é a festa da vida plena.
Cada pessoa é autora da sua própria humanização. Ninguém a pode substituir ou colocar-se em seu lugar.
Eis a raiz da dignidade e da grandeza pessoal. A emergência da vida pessoal encontra a sua plenitude na transcendência Divina.
A pessoa humana é assumida na intimidade familiar de Deus. O Criador imprimiu na génese do Universo a semente da vida pessoal, a qual dá o seu fruto com o aparecimento do barro amassado do qual saiu Adão (Gn 2,7-a).
O barro a amassar-se é a evolução animal a caminhar para a complexidade da hominização.
Um vez amassado, o barro recebe o hálito da vida divina, ficando capacitado para iniciar a marcha da humanização (Gn 2,7-b).
Uma vez que o hálito da vida passa de Deus para o Homem, este torna-se barro com coração, isto é, com capacidade de optar e com a possibilidade de amar, elegendo os outros como alvos de bem-querer.
Como vemos a grandeza do Homem em construção consiste em ser autor de si mesmo. Ninguém o pode substituir na marcha da sua humanização cuja meta é a divinização, mediante a incorporação na Família de Deus.
Não pode ser substituído por Deus nem pelos outros seres humanos. À medida em que o ser humano é fiel ao chamamento do amor, a vida pessoal dilata-se na sua interioridade, apacitando-o para a Comunhão Universal.
Para isso nos vai dotando com novas possibilidades para participarmos no mistério do Reino de Deus, que é a festa da vida plena.
quarta-feira, 26 de março de 2008
O VALOR DA AFECTIVIDADE-I
I-VIDA AFECTIVA E REALIZAÇÃO PESSOAL
No já existia uma comunhão de três pessoas. Na verdade, a Divindade tem um coração comunitário.
Ao criar-nos, Deus imprimiu em nós o seu jeito de relacionar e comungar. Eis a razão pela qual nós somos seres famintos de amor.
A afectividade humana acontece dentro de uma interacção entre estímulos afectivos e impulsivos.
Os estímulos afectivos que os outros nos enviam despertam imediatamente em nós uma resposta impulsiva de atracção ou repulsa.
Por outras palavras, a nossa afectividade impede-nos de ser ilhas. Isto quer dizer que devemos aceitar e valorizar a nossa afectividade, pois esta uma força básica para a nossa realização como pessoas em relações com os outros.
Pretender iludir a afectividade é pôr em causa o nosso equilíbrio e a nossa realização pessoal.
Uma pessoa afectivamente descompensada comporta-se como uma pessoa azeda.
Como os demais seres vivos estamos constantemente a interagir com o mundo que nos rodeia, quer se trate dos climas, das plantas ou dos animais.
Mas devido a condições especiais de seres humanos vamos mais longe, pois interagimos através de relações emotivas e afectivas com a família e a sociedade em que vivemos.
Todos nos damos conta de que a criança é um ser com uma fome enorme de ternura, pois é a ternura que a compensa face às muitas dificuldades que tem de enfrentar.
No já existia uma comunhão de três pessoas. Na verdade, a Divindade tem um coração comunitário.
Ao criar-nos, Deus imprimiu em nós o seu jeito de relacionar e comungar. Eis a razão pela qual nós somos seres famintos de amor.
A afectividade humana acontece dentro de uma interacção entre estímulos afectivos e impulsivos.
Os estímulos afectivos que os outros nos enviam despertam imediatamente em nós uma resposta impulsiva de atracção ou repulsa.
Por outras palavras, a nossa afectividade impede-nos de ser ilhas. Isto quer dizer que devemos aceitar e valorizar a nossa afectividade, pois esta uma força básica para a nossa realização como pessoas em relações com os outros.
Pretender iludir a afectividade é pôr em causa o nosso equilíbrio e a nossa realização pessoal.
Uma pessoa afectivamente descompensada comporta-se como uma pessoa azeda.
Como os demais seres vivos estamos constantemente a interagir com o mundo que nos rodeia, quer se trate dos climas, das plantas ou dos animais.
Mas devido a condições especiais de seres humanos vamos mais longe, pois interagimos através de relações emotivas e afectivas com a família e a sociedade em que vivemos.
Todos nos damos conta de que a criança é um ser com uma fome enorme de ternura, pois é a ternura que a compensa face às muitas dificuldades que tem de enfrentar.
O VALOR DA AFECTIVIDADE-II
II-AFECTIVIDADE E RELAÇÕES
A ternura que recebemos capacita-nos para nos construirmos positivamente, dando-nos possibilidades para, mais tarde, ser capaz de amar os outros.
É esta a lei do amor: ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado. E o mal amado ama mal, isto é, com bloqueios e perturbações.
Aquilo a que normalmente chamamos a sensibilidade de uma pessoa é o rosto das vivências afectivas que a foram marcando, desde o seio materno.
Todos os estímulos afectivos ficaram registados no nosso cérebro para bem e para mal. Estes estímulos formam como que redes interactivas que vão condicionar os nossos comportamentos.
Há pessoas cuja história é constituída por mais estímulos negativos que positivos. A vida destas pessoas é vivida de modo doloroso. As coisas parecem-lhes cinzentas. Os bosques não são verdes, e o mar ou o céu não são azuis.
As pessoas cuja história é sobretudo marcada por estímulos afectivamente positivos estão interiormente capacitadas para serem felizes e ajudarem outros a sê-lo.
Como vemos, a afectividade varia de uma pessoa para a outra. Começámos por ser o que os outros fizeram de nós. É dos outros que recebemos os talentos. Uns recebem cinco, outros três, dois ou um.
Ninguém é herói por receber cinco, e ninguém é culpado por receber um. A heroicidade está na resposta que damos aos dons que recebemos de Deus através da natureza e dos outros.
De facto, a nossa afectividade é constituída por um leque de possibilidades ou condicionamentos que possibilitam ou condicionam as nossas possibilidades de realização pessoal.
Isto quer dizer que a nossa afectividade é uma realidade dinâmica. Uma adolescente carenciado busca ternura e afecto de maneira
Um adolescente que tenha sido vítima de muitas experiências negativas terá mais atitudes desequilibradas do que um adolescente que tenha sido bem amado.
Estes adolescentes são muito mais vulnerável que os adolescente bem amados. A criança que tenha sido marcada por experiências negativas, manifestará mais desajustes e comportamentos anti-sociais.
Uma afectividade doentia afecta a imaginação do adolescente, levando-o a fazer leituras erradas dos acontecimentos e interpretando mal os comportamentos dos outros em relação a si.
Estas pessoas são presas fáceis de chantagens afectivas. Uma afectividade sadia confere segurança interior, capacitando a pessoa para decisões e escolhas humanizantes.
Podemos dizer que uma afectividade sadia é o caminho seguro para a maturidade, pois capacita a pessoa para se relacionar de modo positivo e decidir pelo bem, tanto em relação a si, como em relação aos outros.
Somos seres famintos de amor. A afectividade humana acontece dentro de uma interacção entre estímulos afectivos e impulsos.
A nossa afectividade deve ser aceite e valorizada, pois é uma energia fundamental para a realização humana.
O VALOR DA AFECTIVIDADE-III
III-O AMADURECIMENTO AFECTIVO
Ao criar-nos, Deus imprimiu em nós as Suas impressões digitais. Por isso estamos talhados para a relação e a comunhão amorosa.
Deus entende de ternura; por isso criou o coração humano com uma capacidade espantosa de dom e acolhimento.
Seja qual for a vocação de uma pessoa, a questão afectiva não pode ser reprimida ou negada.
Uma pessoa afectivamente equilibrada é uma pessoa basicamente feliz.
Nenhuma pessoa é capaz de gostar de si antes de alguém ter gostado dela. A ternura dos outros para connosco leva-nos a gostar de nós e, portanto, a sermos capazes de gostar dos demais.
Somos seres talhados para as relações. A nossa condição sexual confere às nossas relações o carácter da diferença.
Esta diferença não implica um juízo valorativo, isto é, ser melhor ou ser pior. É importante termos consciência disto, a fim de vivermos de modo consciente e satisfatório a nossa vida afectiva.
Na verdade, a nossa afectividade é um manancial enorme de possibilidades criativas no campo das relações, das artes, das letras, dos compromissos sociais, da fé ou do amor.
Uma relação afectiva leva consigo opções de vida que implicam o amor dos outros. A nossa afectividade só pode realizar-se através de opções e decisões com o sentido de doação aos demais.
Seja qual for a vocação de uma pessoa, o equilíbrio afectivo é fundamental. Por outras palavras, sem uma vida afectiva equilibrada, a pessoa não consegue ser feliz.
Isto quer dizer que a fraternidade e o amor são a calda própria para o crescimento e amadurecimento da pessoa humana.
Ao criar-nos, Deus imprimiu em nós as Suas impressões digitais. Por isso estamos talhados para a relação e a comunhão amorosa.
Deus entende de ternura; por isso criou o coração humano com uma capacidade espantosa de dom e acolhimento.
Seja qual for a vocação de uma pessoa, a questão afectiva não pode ser reprimida ou negada.
Uma pessoa afectivamente equilibrada é uma pessoa basicamente feliz.
Nenhuma pessoa é capaz de gostar de si antes de alguém ter gostado dela. A ternura dos outros para connosco leva-nos a gostar de nós e, portanto, a sermos capazes de gostar dos demais.
Somos seres talhados para as relações. A nossa condição sexual confere às nossas relações o carácter da diferença.
Esta diferença não implica um juízo valorativo, isto é, ser melhor ou ser pior. É importante termos consciência disto, a fim de vivermos de modo consciente e satisfatório a nossa vida afectiva.
Na verdade, a nossa afectividade é um manancial enorme de possibilidades criativas no campo das relações, das artes, das letras, dos compromissos sociais, da fé ou do amor.
Uma relação afectiva leva consigo opções de vida que implicam o amor dos outros. A nossa afectividade só pode realizar-se através de opções e decisões com o sentido de doação aos demais.
Seja qual for a vocação de uma pessoa, o equilíbrio afectivo é fundamental. Por outras palavras, sem uma vida afectiva equilibrada, a pessoa não consegue ser feliz.
Isto quer dizer que a fraternidade e o amor são a calda própria para o crescimento e amadurecimento da pessoa humana.
O VALOR DA AFECTIVIDADE-IV
IV-PASSOS PARA O AMADURECIMENTO
Eis alguns aspectos importantes para melhorarmos a nossa capacidade e aptidão de nos realizarmos em relações fraternos:
Tentar compreender o outro na sua realidade mais profunda. Treinar-se na arte de facilitar a realização e felicidade dos outros, aceitando as suas diferenças.
Tomar consciência de que não pode haver crescimento em maturidade sem nos dispormos a aceitar o outro por ser o que é e não por fazer o que nós queremos que ele faça.
Valorizar as suas realizações dos outros, a fim de estes crescerem na sua auto estima e poderem chegar mais longe na sua realização.
Tentar não dar guarida a sentimentos negativos no nosso coração, tais como ressentimentos ou planos de vingança.
Procuremos estar atentos, a fim de que as nossas relações se processem numa linha de verdade e autenticidade.
Eis alguns aspectos importantes para melhorarmos a nossa capacidade e aptidão de nos realizarmos em relações fraternos:
Tentar compreender o outro na sua realidade mais profunda. Treinar-se na arte de facilitar a realização e felicidade dos outros, aceitando as suas diferenças.
Tomar consciência de que não pode haver crescimento em maturidade sem nos dispormos a aceitar o outro por ser o que é e não por fazer o que nós queremos que ele faça.
Valorizar as suas realizações dos outros, a fim de estes crescerem na sua auto estima e poderem chegar mais longe na sua realização.
Tentar não dar guarida a sentimentos negativos no nosso coração, tais como ressentimentos ou planos de vingança.
Procuremos estar atentos, a fim de que as nossas relações se processem numa linha de verdade e autenticidade.
O VALOR DA AFECTIVIDADE-V
V-MATURIDADE AFECTIVA E COMUNHÃO
Lembremo-nos de que os outros são um dom de Deus para nós, pois são mediações básicas para nos realizarmos como pessoas.
Tomemos consciência de que ninguém é bom em tudo, aceitando e valorizando as qualidades dos outros.
É esta a razão pela qual o Espírito Santo suscita uma grande diversidade de talentos, carismas, capacidades e ministérios.
Deixemos que os outros sejam iguais a si, sabendo que esta é a maneira mais perfeita de amar.
Na verdade, amar uma pessoa implica aceitar que a sua novidade de ser único, original e irrepetível, deixando que essa originalidade possa emergir e robustecer-se.
Todos sabemos que os outros não são a nossa medida. Do mesmo modo devemos tomar consciência de que não temos o direito de pretender ser a medida dos demais.
Avivemos com frequência a nossa esperança, lembrando-nos de que estamos a caminhar para a plenitude do amor que é a Comunhão Universal da Família de Deus.
Na verdade, o amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.
Os seres humanos que têm a sorte de conviver com pessoas de grande maturidade são como plantas a florir num jardim irrigado e bem cultivado.
Procuremos ser pessoas que põem o amor e a fraternidade em primeiro plano, não marginalizam nem provocando o aparecimento de pessoas desenquadradas ou marginalizadas.
Podem os ter a certeza de que, deste modo, muitas pessoas nos procurarão, olhando-nos nos olhos com muita alegria e gratidão.
Lembremo-nos de que quanto mais crescermos em maturidade, mais profunda e transparente será a nossa alegria, e mais o nosso sorriso terá sabor a verdade.
Tenhamos presente de que as pessoas amadurecidas não são pretensiosas ou arrogantes, pois têm consciência de ser pessoas em construção. Eis a razão pela qual estas pessoas não estagnam na caminhada da sua realização pessoal.
Quanto mais cresce a nossa maturidade afectiva, mais conscientes nos tornamos do que ainda nos falta para atingirmos a maturidade do amor.
Quanto maior for a nossa maturidade afectiva, mais crescem em nós os horizontes da fraternidade.
A comunhão universal ultrapassa os horizontes estreitos das raças, das línguas, da nacionalidade, da cultura ou da condição sexual.
À medida em que amadurecem afectivamente, os seres humanos compreendem melhor os horizontes e o alcance da Comunhão Universal para a qual estamos a caminhar.
Lembremo-nos de que os outros são um dom de Deus para nós, pois são mediações básicas para nos realizarmos como pessoas.
Tomemos consciência de que ninguém é bom em tudo, aceitando e valorizando as qualidades dos outros.
É esta a razão pela qual o Espírito Santo suscita uma grande diversidade de talentos, carismas, capacidades e ministérios.
Deixemos que os outros sejam iguais a si, sabendo que esta é a maneira mais perfeita de amar.
Na verdade, amar uma pessoa implica aceitar que a sua novidade de ser único, original e irrepetível, deixando que essa originalidade possa emergir e robustecer-se.
Todos sabemos que os outros não são a nossa medida. Do mesmo modo devemos tomar consciência de que não temos o direito de pretender ser a medida dos demais.
Avivemos com frequência a nossa esperança, lembrando-nos de que estamos a caminhar para a plenitude do amor que é a Comunhão Universal da Família de Deus.
Na verdade, o amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.
Os seres humanos que têm a sorte de conviver com pessoas de grande maturidade são como plantas a florir num jardim irrigado e bem cultivado.
Procuremos ser pessoas que põem o amor e a fraternidade em primeiro plano, não marginalizam nem provocando o aparecimento de pessoas desenquadradas ou marginalizadas.
Podem os ter a certeza de que, deste modo, muitas pessoas nos procurarão, olhando-nos nos olhos com muita alegria e gratidão.
Lembremo-nos de que quanto mais crescermos em maturidade, mais profunda e transparente será a nossa alegria, e mais o nosso sorriso terá sabor a verdade.
Tenhamos presente de que as pessoas amadurecidas não são pretensiosas ou arrogantes, pois têm consciência de ser pessoas em construção. Eis a razão pela qual estas pessoas não estagnam na caminhada da sua realização pessoal.
Quanto mais cresce a nossa maturidade afectiva, mais conscientes nos tornamos do que ainda nos falta para atingirmos a maturidade do amor.
Quanto maior for a nossa maturidade afectiva, mais crescem em nós os horizontes da fraternidade.
A comunhão universal ultrapassa os horizontes estreitos das raças, das línguas, da nacionalidade, da cultura ou da condição sexual.
À medida em que amadurecem afectivamente, os seres humanos compreendem melhor os horizontes e o alcance da Comunhão Universal para a qual estamos a caminhar.
segunda-feira, 24 de março de 2008
A GRANDEZA DA VIDA ESPIRITUAL-I
I-AS PESSOAS HUMANAS E AS DIVINAS
A dignidade da pessoa começa no facto de não nascer determinada. Com efeito, os seres humanos nascem com um leque de talentos que lhe possibilita uma diversidade de opções, escolhas, e compromissos de vida.
Na verdade, a pessoa está chamada a ser autora de si própria, mas sempre em relações com os outros.
Na verdade, a pessoa humana é um ser criado à imagem de Deus que é uma comunhão amorosa de três pessoas.
Pela sua condição pessoal, o ser humano abre-se à transcendência Divina. Pelo mistério da Encarnação, as pessoas divinas e as humanas passaram a formar uma comunhão orgânica humano-divina.
Com efeito, a Encarnação é o enxerto do divino no humano, a fim deste ser assumido e incorporado na comunhão divina.
Se a Divindade é comunhão amorosa de três pessoas, então temos de dizer que a vida pessoal é a primeira realidade a existir.
Desde toda a eternidade e antes de qualquer realidade criada existe uma comunhão amorosa de três pessoas.
A Primeira Carta de São João, ao dizer que Deus é amor quer dizer precisamente que é pessoas em comunhão (1 Jo 4, 7).
A dignidade da pessoa começa no facto de não nascer determinada. Com efeito, os seres humanos nascem com um leque de talentos que lhe possibilita uma diversidade de opções, escolhas, e compromissos de vida.
Na verdade, a pessoa está chamada a ser autora de si própria, mas sempre em relações com os outros.
Na verdade, a pessoa humana é um ser criado à imagem de Deus que é uma comunhão amorosa de três pessoas.
Pela sua condição pessoal, o ser humano abre-se à transcendência Divina. Pelo mistério da Encarnação, as pessoas divinas e as humanas passaram a formar uma comunhão orgânica humano-divina.
Com efeito, a Encarnação é o enxerto do divino no humano, a fim deste ser assumido e incorporado na comunhão divina.
Se a Divindade é comunhão amorosa de três pessoas, então temos de dizer que a vida pessoal é a primeira realidade a existir.
Desde toda a eternidade e antes de qualquer realidade criada existe uma comunhão amorosa de três pessoas.
A Primeira Carta de São João, ao dizer que Deus é amor quer dizer precisamente que é pessoas em comunhão (1 Jo 4, 7).
A GRANDEZA DA VIDA ESPIRITUAL-II
II-A TRANSCEDÊNCIA DA VIDA PESSOAL
Podemos dizer que a criação leva em si as impressões digitais do amor, pois o Criador do Universo é amor.
Não há vida pessoal que não tenha densidade espiritual. Por outras palavras, o Espírito e o Amor estão primeiro.
Na verdade, o impulso primordial de génese cósmica foi provocado pelo amor. Isto quer dizer que ainda antes de existir o Universo já existia a comunhão familiar e o Amor.
A vida pessoal, portanto, está primeiro. Além disso, nunca vai terminar, pois tem densidade espiritual.
A comunhão amorosa de três pessoas é, pois, o começo e o fim, o Alfa e o Ómega, isto é, o começo e a plenitude da Criação.
Se a vida pessoal tem densidade espiritual, então podemos concluir que, sem vida pessoal, não existe vida imortal.
Por outras palavras, apenas a vida pessoal tem densidade de vida eterna. Isto quer dizer que a vida pessoal ou é divina ou é proporcional a Deus.
Tudo isto nos mostra como o aparecimento de seres pessoais na marcha da criação, esta deu um salto de qualidade, atingindo o limiar da vida irreversível ou imortal.
Como podemos ver, a pessoa humana pertence à cúpula da Criação. O crescimento da vida pessoal não é uma questão de quantidade. Não se avalia ao quilo, nem é questão de volume.
Não se mede ao metro, nem se analisa pelo método das superfícies. Só se pode valorizar pelo seu jeito de se relacionar. As pessoas divinas são infinitamente perfeitas.
As pessoas humanas são seres em realização gradual e progressiva. Cada pessoa humana é única, mas talhada para a reciprocidade.
Podemos dizer que cada ser humano está alicerçado na sua unicidade, mas estruturado para a reciprocidade da comunhão amorosa.
A GRANDEZA DA VIDA ESPIRITUAL-III
III-A ESPIRITUALIZAÇÃO DA PESSOA
Eis a razão pela qual as pessoas só encontram a sua plenitude na comunhão amorosa. Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se e possui-se mais plenamente.
Por ser livre, não emerge de modo automático por fatalidade ou destino. A realização pessoal é um processo histórico e uma tarefa de amor.
Não acontece como uma simples emergência espontânea. É por esta razão que à medida em que emerge mediante opções e decisões na linha do amor, emerge como novidade constante.
Nunca encontramos uma pessoa em realização no mesmo ponto em que a deixámos da última vez.
Deus é também uma novidade constante no interior das relações amorosas entre as pessoas divinas.
A Divindade nunca se repete no jeito de ser Pai, Filho e ternura maternal de Deus na pessoa do Espírito Santo.
O Amor é sempre novo. O Pai e o Filho, encontram-se como novidade permanente no Espírito Santo:
“ O que estava sentado no trono disse: ‘Eu renovo todas as coisas (...). Disse ainda: ‘Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim (Apc 21, 5-6).
Os seres pessoais pertencem à cúpula da Vida. A vida pessoal nunca vem de fora para dentro.
O nosso ser pessoal emerge no interior do nosso ser exterior ou individual como o pintainho dentro do ovo.
Por outras palavras, os seres humanos não nascem como almas feitas, mas como pessoas em processo de espiritualização.
Com o salto evolutivo para o nível pessoal a vida atinge a imortalidade. Mas só se torna sucesso eterno, mediante a assunção e incorporação na Comunhão Universal cujo coração é Cristo.
O crescimento pessoal só acontece através de opções, escolhas, decisões e compromissos.
A pessoa faz-se, fazendo. Realiza-se, realizando. Constrói-se, construindo...
A emergência pessoal é o coração do processo de humanização cuja lei é: Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.
O malogro desta dinâmica é a pessoa enroscar-se sobre si sem possibilidades de encontro e comunhão com as outras pessoas. É o estado de perdição ou o inferno.
No estado de perdição, a pessoa, não consegue de perceber qualquer movimento de amor e bem-querer.
Não tem capacidade para saborear qualquer gesto de partilha ou reciprocidade amorosa. O egoísmo é uma força capaz de enroscar a pessoa sobre si mesma, como se de um parafuso se tratasse.
Este auto enroscamento acontece de modo gradual através de uma recusa progressiva e incondicional às propostas do amor.
Eis a razão pela qual as pessoas só encontram a sua plenitude na comunhão amorosa. Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se e possui-se mais plenamente.
Por ser livre, não emerge de modo automático por fatalidade ou destino. A realização pessoal é um processo histórico e uma tarefa de amor.
Não acontece como uma simples emergência espontânea. É por esta razão que à medida em que emerge mediante opções e decisões na linha do amor, emerge como novidade constante.
Nunca encontramos uma pessoa em realização no mesmo ponto em que a deixámos da última vez.
Deus é também uma novidade constante no interior das relações amorosas entre as pessoas divinas.
A Divindade nunca se repete no jeito de ser Pai, Filho e ternura maternal de Deus na pessoa do Espírito Santo.
O Amor é sempre novo. O Pai e o Filho, encontram-se como novidade permanente no Espírito Santo:
“ O que estava sentado no trono disse: ‘Eu renovo todas as coisas (...). Disse ainda: ‘Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim (Apc 21, 5-6).
Os seres pessoais pertencem à cúpula da Vida. A vida pessoal nunca vem de fora para dentro.
O nosso ser pessoal emerge no interior do nosso ser exterior ou individual como o pintainho dentro do ovo.
Por outras palavras, os seres humanos não nascem como almas feitas, mas como pessoas em processo de espiritualização.
Com o salto evolutivo para o nível pessoal a vida atinge a imortalidade. Mas só se torna sucesso eterno, mediante a assunção e incorporação na Comunhão Universal cujo coração é Cristo.
O crescimento pessoal só acontece através de opções, escolhas, decisões e compromissos.
A pessoa faz-se, fazendo. Realiza-se, realizando. Constrói-se, construindo...
A emergência pessoal é o coração do processo de humanização cuja lei é: Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.
O malogro desta dinâmica é a pessoa enroscar-se sobre si sem possibilidades de encontro e comunhão com as outras pessoas. É o estado de perdição ou o inferno.
No estado de perdição, a pessoa, não consegue de perceber qualquer movimento de amor e bem-querer.
Não tem capacidade para saborear qualquer gesto de partilha ou reciprocidade amorosa. O egoísmo é uma força capaz de enroscar a pessoa sobre si mesma, como se de um parafuso se tratasse.
Este auto enroscamento acontece de modo gradual através de uma recusa progressiva e incondicional às propostas do amor.
A GRANDEZA DA VIDA ESPIRITUAL-IV
IV-ESPIRITUALIZAÇÃO E VIDA ETERNA
Cada pessoa é autora da sua própria humanização. Ninguém a pode substituir ou colocar-se em seu lugar.
Eis a raiz da dignidade e da grandeza pessoal. A emergência da vida pessoal encontra a sua plenitude na transcendência Divina.
A pessoa humana é assumida na intimidade familiar de Deus. O Criador imprimiu na génese do Universo a semente da vida pessoal, a qual dá o seu fruto com o aparecimento do barro amassado do qual saiu Adão (Gn 2,7-a).
O barro a amassar-se é a evolução animal a caminhar para a complexidade da hominização.
Uma vez amassado, o barro recebe o hálito da vida divina, ficando capacitado para iniciar a marcha da humanização (Gn 2,7-b).
Uma vez que o hálito da vida passa de Deus para o Homem, este torna-se barro com coração, isto é, com capacidade de optar e com a possibilidade de amar, elegendo os outros como alvos de bem-querer.
Como vemos a grandeza do Homem em construção consiste em ser autor de si mesmo.
Ninguém o pode substituir na marcha da sua humanização cuja meta é a divinização, mediante a incorporação na Família de Deus.
Não pode ser substituído por Deus nem pelos outros seres humanos. À medida em que o ser humano é fiel ao chamamento do amor, a vida pessoal dilata-se na sua interioridade, capacitando-o para a Comunhão Universal.
Para isso nos vai dotando com novas possibilidades para participarmos no mistério do Reino de Deus, que é a festa da vida plena.
domingo, 23 de março de 2008
O MANDAMENTO DO AMOR-I
I-JESUS FAZ DO AMOR O CENTRO DA VIDA
Jesus sabia muito bem que o ser humano só pode realizar-se e ser feliz através do amor. Foi esta a razão pela qual ele fez do amor o seu mandamento.
O judaísmo do seu tempo assentava sobre uma multidão de mandamentos, normas, preceitos e leis que os próprios sacerdotes e doutores da Lei se mostravam incapazes de discernir.
Eis a razão pela qual Jesus se opôs a esse amontoado de coisas inúteis, pondo em seu lugar o mandamento do amor:
“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).
Apesar de ser um teólogo judeu, São Paulo entendeu perfeitamente a razão pela qual Jesus pôs no lugar das leis e normas da religião judaica o mandamento do amor.
Eis o que ele diz na carta aos Romanos: “Amar o próximo como a si mesmo resume e cumpre toda a Lei de Moisés” (Rm 13, 8).
Depois acrescenta que o pleno cumprimento da Lei se realiza pelo amor (Rm 13, 10). Inspirado nos ensinamentos de Jesus sobre o amor São Paulo compôs um dos mais belos poemas da literatura universal:
“Ainda que eu fale as línguas dos anjos e dos homens, se não tiver amor não passo de um bronze que soa e faz barulho.
Mesmo que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios, toda a ciência e uma fé tão grande que chegue a deslocar montanhas, se não tiver amor, nada sou (…).
O amor é paciente e prestável. Não é invejoso nem arrogante nem orgulhoso. O amor nada faz de inconveniente nem anda sempre a girar à volta do seu interesse.
Também não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
O amor desculpa tudo e acredita sempre. Espera tudo e tudo suporta. O amor jamais passará” (1 Cor 13, 1-8).
Para levar à plenitude este pensamento de São Paulo, podemos citar a Primeira Carta de São João:
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus.
Na verdade, quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4, 7-8).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
Jesus sabia muito bem que o ser humano só pode realizar-se e ser feliz através do amor. Foi esta a razão pela qual ele fez do amor o seu mandamento.
O judaísmo do seu tempo assentava sobre uma multidão de mandamentos, normas, preceitos e leis que os próprios sacerdotes e doutores da Lei se mostravam incapazes de discernir.
Eis a razão pela qual Jesus se opôs a esse amontoado de coisas inúteis, pondo em seu lugar o mandamento do amor:
“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).
Apesar de ser um teólogo judeu, São Paulo entendeu perfeitamente a razão pela qual Jesus pôs no lugar das leis e normas da religião judaica o mandamento do amor.
Eis o que ele diz na carta aos Romanos: “Amar o próximo como a si mesmo resume e cumpre toda a Lei de Moisés” (Rm 13, 8).
Depois acrescenta que o pleno cumprimento da Lei se realiza pelo amor (Rm 13, 10). Inspirado nos ensinamentos de Jesus sobre o amor São Paulo compôs um dos mais belos poemas da literatura universal:
“Ainda que eu fale as línguas dos anjos e dos homens, se não tiver amor não passo de um bronze que soa e faz barulho.
Mesmo que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios, toda a ciência e uma fé tão grande que chegue a deslocar montanhas, se não tiver amor, nada sou (…).
O amor é paciente e prestável. Não é invejoso nem arrogante nem orgulhoso. O amor nada faz de inconveniente nem anda sempre a girar à volta do seu interesse.
Também não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
O amor desculpa tudo e acredita sempre. Espera tudo e tudo suporta. O amor jamais passará” (1 Cor 13, 1-8).
Para levar à plenitude este pensamento de São Paulo, podemos citar a Primeira Carta de São João:
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus.
Na verdade, quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4, 7-8).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
O MANDAMENTO DO AMOR-II
II-O AMOR AO JEITO DE DEUS
Jesus pede-nos para estarmos atentos aos seus ensinamentos, a fim de o nosso amor atingir a densidade de amor caridade, isto é, amor ao jeito de Deus.
Eis a proposta de Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. Eu, porém, digo-vos: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.
Fazendo assim, acrescenta Jesus, tornar-vos-eis filhos do vosso pai que está nos Céus, o qual faz com que o sol se levante todos os dias sobre bons e maus e faz cair a chuva sobre justos e pecadores (…).
Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 43-48). De tal modo Jesus amava ao jeito de Deus Pai que um dia afirmou: “Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe? Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14, 9).
Noutra passagem afirma esta total identificação Com Deus Pai afirmando: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30).
Amar ao jeito de Deus significa amar a todos sem distinção. Eis a razão pela qual este modo de amar nos torna cada vez mais semelhantes a Jesus.
Por outras palavras, o amor caridade faz de nós reveladores do próprio rosto de Deus. Por ter sido criado à imagem de Deus, a pessoa humana tem esta capacidade maravilhosa de amar, isto é querer bem aos outros e ajudá-los a ser felizes.
Mas os cristãos, graças à Palavra de Deus e à acção do Espírito Santo são capacitados para amar com amor caridade, isto é, ao jeito de Deus.
Amando assim, os cristãos tornam-se um sinal de Deus para o mundo, tornando-se, com diz Jesus, sal que dá sabor à vida e uma luz que confere sentidos para viver.
Olhando para o vosso novo modo de amar e estar na vida, diz Jesus, os homens darão glória ao vosso Pai que está nos Céus (Mt 5, 13- 17).
Como os seres humanos fazem uma união orgânica com Jesus, ele considera o bem que fazemos ao próximo como sendo feito a ele mesmo, diz o evangelho de São Mateus (Mt 25, 40).
Jesus pede-nos para estarmos atentos aos seus ensinamentos, a fim de o nosso amor atingir a densidade de amor caridade, isto é, amor ao jeito de Deus.
Eis a proposta de Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. Eu, porém, digo-vos: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.
Fazendo assim, acrescenta Jesus, tornar-vos-eis filhos do vosso pai que está nos Céus, o qual faz com que o sol se levante todos os dias sobre bons e maus e faz cair a chuva sobre justos e pecadores (…).
Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 43-48). De tal modo Jesus amava ao jeito de Deus Pai que um dia afirmou: “Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe? Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14, 9).
Noutra passagem afirma esta total identificação Com Deus Pai afirmando: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30).
Amar ao jeito de Deus significa amar a todos sem distinção. Eis a razão pela qual este modo de amar nos torna cada vez mais semelhantes a Jesus.
Por outras palavras, o amor caridade faz de nós reveladores do próprio rosto de Deus. Por ter sido criado à imagem de Deus, a pessoa humana tem esta capacidade maravilhosa de amar, isto é querer bem aos outros e ajudá-los a ser felizes.
Mas os cristãos, graças à Palavra de Deus e à acção do Espírito Santo são capacitados para amar com amor caridade, isto é, ao jeito de Deus.
Amando assim, os cristãos tornam-se um sinal de Deus para o mundo, tornando-se, com diz Jesus, sal que dá sabor à vida e uma luz que confere sentidos para viver.
Olhando para o vosso novo modo de amar e estar na vida, diz Jesus, os homens darão glória ao vosso Pai que está nos Céus (Mt 5, 13- 17).
Como os seres humanos fazem uma união orgânica com Jesus, ele considera o bem que fazemos ao próximo como sendo feito a ele mesmo, diz o evangelho de São Mateus (Mt 25, 40).
O MANDAMENTO DO AMOR-III
III-IDENTIDADE ESPIRITUAL E AMOR
A densidade do amor com que amamos os irmãos modela o nosso coração para comungar com Deus.
A Lei e os profetas, disse Jesus, resumem-se neste princípio único: “Fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem a nós” (Mt 7, 12).
Ao dar-nos como único mandamento o amor, Jesus deu provas de entender profundamente o mistério do Homem em construção.
Na verdade, quanto mais aprofundamos o mistério do amor melhor conhecemos a verdade de Deus e do Homem.
Como foram criadas à imagem de Deus, as pessoas humanas só podem realizar-se e atingir a sua plenitude em dinâmica de amor.
Eis a razão pela qual as pessoas só podem encontrar a sua plenitude na comunhão amorosa.
Quando amamos o irmão, este sente que uma porta se abriu para si. Sente que não está sozinho e por isso nasce nele uma nova força, pois sente que tem alguém com quem pode contar.
Por outras palavras, quando se sente amado, o ser humano sente-se mais forte e cresce nele a confiança. Tudo isto o entendia muito bem Jesus ao dar-nos o mandamento do amor.
Quando a pessoa se sente amada muitos dos seus problemas começam a encontrar solução.
A densidade do amor com que amamos os irmãos modela o nosso coração para comungar com Deus.
A Lei e os profetas, disse Jesus, resumem-se neste princípio único: “Fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem a nós” (Mt 7, 12).
Ao dar-nos como único mandamento o amor, Jesus deu provas de entender profundamente o mistério do Homem em construção.
Na verdade, quanto mais aprofundamos o mistério do amor melhor conhecemos a verdade de Deus e do Homem.
Como foram criadas à imagem de Deus, as pessoas humanas só podem realizar-se e atingir a sua plenitude em dinâmica de amor.
Eis a razão pela qual as pessoas só podem encontrar a sua plenitude na comunhão amorosa.
Quando amamos o irmão, este sente que uma porta se abriu para si. Sente que não está sozinho e por isso nasce nele uma nova força, pois sente que tem alguém com quem pode contar.
Por outras palavras, quando se sente amado, o ser humano sente-se mais forte e cresce nele a confiança. Tudo isto o entendia muito bem Jesus ao dar-nos o mandamento do amor.
Quando a pessoa se sente amada muitos dos seus problemas começam a encontrar solução.
O MANDAMENTO DO AMOR-IV
IV-ABERTURA AO AMOR UNIVERSAL
Quando o nosso amor se torna universal, começamos a eleger os outros como irmãos para lá da língua, da raça, da cultura e da nacionalidade.
Quando isto acontece, o nosso coração adquire uma qualidade nova que nos capacita para participarmos de modo mais perfeito na comunhão universal do Reino de Deus.
O mandamento de Jesus tem um sentido universal, a fim de, a fim de todos possam caber nas nossas atitudes de bem-querer, como ele diz no evangelho de São Mateus:
“Se amais apenas os que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos também fazem o mesmo.
Se saudais apenas os da vossa raça e cultura que fazeis de extraordinário? Não fazem assim também os pagãos?
No vosso modo de amar procurai ser perfeitos, tal como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 46-48).
O amor caridade tem sempre um horizonte e uma medida universal.
Eis a razão pela qual nos torna imagem e semelhança de Deus, pois é este o jeito de Deus amar.
Amar é eleger o outro como alvo de bem-querer, aceitando-o assim como é e agindo de modo a facilitar a sua realização e felicidade.
Podemos dizer que a nossa identidade pessoal é o nosso modo de amar. Na comunhão universal do Reino de Deus dançaremos eternamente o ritmo do amor com o jeito que tivermos treinado, agora, aqui na terra!
Jesus amou de modo Deus e o Homem de modo incondicional. Procedendo assim, diz ele no evangelho de São Mateus, cumpriu de maneira perfeita os ensinamentos dos profetas e as normas e preceitos da Lei de Moisés (Mt 5, 17).
Quando o nosso amor se torna universal, começamos a eleger os outros como irmãos para lá da língua, da raça, da cultura e da nacionalidade.
Quando isto acontece, o nosso coração adquire uma qualidade nova que nos capacita para participarmos de modo mais perfeito na comunhão universal do Reino de Deus.
O mandamento de Jesus tem um sentido universal, a fim de, a fim de todos possam caber nas nossas atitudes de bem-querer, como ele diz no evangelho de São Mateus:
“Se amais apenas os que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos também fazem o mesmo.
Se saudais apenas os da vossa raça e cultura que fazeis de extraordinário? Não fazem assim também os pagãos?
No vosso modo de amar procurai ser perfeitos, tal como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 46-48).
O amor caridade tem sempre um horizonte e uma medida universal.
Eis a razão pela qual nos torna imagem e semelhança de Deus, pois é este o jeito de Deus amar.
Amar é eleger o outro como alvo de bem-querer, aceitando-o assim como é e agindo de modo a facilitar a sua realização e felicidade.
Podemos dizer que a nossa identidade pessoal é o nosso modo de amar. Na comunhão universal do Reino de Deus dançaremos eternamente o ritmo do amor com o jeito que tivermos treinado, agora, aqui na terra!
Jesus amou de modo Deus e o Homem de modo incondicional. Procedendo assim, diz ele no evangelho de São Mateus, cumpriu de maneira perfeita os ensinamentos dos profetas e as normas e preceitos da Lei de Moisés (Mt 5, 17).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
sexta-feira, 21 de março de 2008
CRISTO RESSUSCITADO E A ÁGUA VIVA-I
I-DEUS É A FONTE DA ÁGUA VIVA
Jesus disse à Samaritana que a Salvação acontece no interior da pessoa, graças à Água Viva que ele tem para nos dar.
Eis a suas palavras: “Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é aquele que te está a pedir água, tu é que lhe pedirias e ele dar-te-ia Água Viva” (Jo 4, 10).
Alguns séculos antes de Jesus ter nascido o profeta Jeremias repreendeu duramente o povo bíblico, pois este tinha voltado as costas a Deus que é a fonte da Água Viva.
A Água viva, diz o evangelho de São João, é o Espírito Santo (Jo 7, 39). É o Espírito Santo que gera no nosso coração uma vida nova, isto é, a vida de Deus.
São Paulo, na Carta aos Romanos, diz que todos os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus:
“Todos os que se deixam guiar pelo Espírito Santo são filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão para andardes com medo, mas sim um Espírito de adopção graças ao qual clamamos “Abba”, papá.
É o próprio Espírito, continua São Paulo, que dá testemunho no nosso íntimo de que somos filhos de Deus.
Ora, se somos filhos, somos igualmente herdeiros: Somos herdeiros de Deus pai e co-herdeiros com Cristo” (Rm 8, 14-17).
Jesus disse à Samaritana que a Salvação acontece no interior da pessoa, graças à Água Viva que ele tem para nos dar.
Eis a suas palavras: “Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é aquele que te está a pedir água, tu é que lhe pedirias e ele dar-te-ia Água Viva” (Jo 4, 10).
Alguns séculos antes de Jesus ter nascido o profeta Jeremias repreendeu duramente o povo bíblico, pois este tinha voltado as costas a Deus que é a fonte da Água Viva.
A Água viva, diz o evangelho de São João, é o Espírito Santo (Jo 7, 39). É o Espírito Santo que gera no nosso coração uma vida nova, isto é, a vida de Deus.
São Paulo, na Carta aos Romanos, diz que todos os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus:
“Todos os que se deixam guiar pelo Espírito Santo são filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão para andardes com medo, mas sim um Espírito de adopção graças ao qual clamamos “Abba”, papá.
É o próprio Espírito, continua São Paulo, que dá testemunho no nosso íntimo de que somos filhos de Deus.
Ora, se somos filhos, somos igualmente herdeiros: Somos herdeiros de Deus pai e co-herdeiros com Cristo” (Rm 8, 14-17).
CRISTO RESSUSCITADO E A ÁGUA VIVA-II
II-A ÁGUA VIVA É O ESPÍRITO SANTO
São Paulo diz que o Espírito Santo é como uma Água Viva que bebemos. Esta Água Viva é simbolizada pala água do baptismo.
Eis as palavras que ele escreve aos cristãos da comunidade de Corinto: “Todos nós fomos baptizados num só Espírito, a fim de formarmos um só corpo, tanto judeus como gregos, escravos ou livres. Todos bebemos de um mesmo Espírito” (1 Cor 12, 13).
Mediante a acção do Espírito Santo no nosso coração, nós formamos uma união misteriosa que faz de nós membros de Jesus Ressuscitado.
Referindo-se à Eucaristia, o evangelho de São João diz que a carne e o sangue de Jesus Cristo ressuscitado é, no nosso íntimo, o alimento da vida eterna.
Depois explicita melhor esta verdade afirmando que a carne e o sangue de Cristo é o dom do Espírito que nos é dado pela ressurreição de Jesus Cristo” (Jo 6, 62-63).
A Samaritana tinha certas dúvidas a propósito da Água Viva. Então Jesus resolveu esclarecê-la e disse-lhe que a Água Viva não é como a água do poço de Jacob onde a Samaritana se encontrou com Jesus.
O poço de Jacob representa a antiga Aliança. A Água Viva, pelo contrário, representa o grande dom da Nova Aliança, isto é, o Espírito Santo.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
São Paulo diz que o Espírito Santo é como uma Água Viva que bebemos. Esta Água Viva é simbolizada pala água do baptismo.
Eis as palavras que ele escreve aos cristãos da comunidade de Corinto: “Todos nós fomos baptizados num só Espírito, a fim de formarmos um só corpo, tanto judeus como gregos, escravos ou livres. Todos bebemos de um mesmo Espírito” (1 Cor 12, 13).
Mediante a acção do Espírito Santo no nosso coração, nós formamos uma união misteriosa que faz de nós membros de Jesus Ressuscitado.
Referindo-se à Eucaristia, o evangelho de São João diz que a carne e o sangue de Jesus Cristo ressuscitado é, no nosso íntimo, o alimento da vida eterna.
Depois explicita melhor esta verdade afirmando que a carne e o sangue de Cristo é o dom do Espírito que nos é dado pela ressurreição de Jesus Cristo” (Jo 6, 62-63).
A Samaritana tinha certas dúvidas a propósito da Água Viva. Então Jesus resolveu esclarecê-la e disse-lhe que a Água Viva não é como a água do poço de Jacob onde a Samaritana se encontrou com Jesus.
O poço de Jacob representa a antiga Aliança. A Água Viva, pelo contrário, representa o grande dom da Nova Aliança, isto é, o Espírito Santo.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
CRISTO RESSUSCITADO E A ÁGUA VIVA-III
III-A ÁGUA VIVA É UM DOM DA FÉ
A Água do poço de Jacob precisa de um balde, isto é, a multidão das normas, leis e preceitos dos judeus.
Para a Água Viva basta apenas a Fé e aceitação da Palavra de Deus que Jesus nos traz.
Além disso, quem bebe da água do poço de Jacob volta a ter sede. A Água Viva mata a sede para sempre, isto é, dá-nos a vida eterna.
Foi isto que Jesus ensinou à Samaritana quando lhe disse: “Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede.
Mas aquele que beber da Água que eu lhe der, nunca mais terá sede, pois esta Água converter-se-à nele em Fonte de água que dá a Vida eterna” (Jo 4, 13-14).
Esta Água disse Jesus, é o Espírito Santo que viria a ser difundido no momento da ressurreição de Cristo.
Eis o que diz o evangelho de São João: “No último dia, o mais solene da festa, Jesus, de pé, bradou:
“Se alguém tem sede venha a mim. Quem crê em mim que sacie a sua sede! Como diz a Escritura, hão-de correr do seu coração rios de Água Viva.
Jesus disse isto referindo-se ao Espírito Santo que iam receber os que acreditassem nele.
Com efeito, o Espírito ainda não tinha vindo, pois Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo 7, 37-39).
Os que bebem a Água Viva tornam-se templos do Espírito Santo, como diz São Paulo: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Cor 2, 16).
Eis como o profeta Ezequiel descreve a força da Nova Aliança no coração do Homem: “Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um Espírito Novo:
Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Porei o meu Espírito no vosso íntimo, fazendo que sejais fiéis às minhas leis e preceitos” (Ez 36, 26-27).
A Carta aos Efésios que os cristãos não se devem embriagar com vinho mas encher-se, pelo contrário, com a força do Espírito Santo (Ef 5, 18).
São Paulo queria dizer que o Espírito Santo é a bebida da Nova Aliança, isto é, a Água Viva (1 Cor 12,13).
Agora podemos compreender melhor as seguintes palavras de Jesus no evangelho de São João:
“Se alguém tem sede venha a mim e beba” (Jo 7, 37).
E ainda: “Aquele que beber da Água que eu lhe der nunca mais terá sede” (Jo 4, 14).
A Água do poço de Jacob precisa de um balde, isto é, a multidão das normas, leis e preceitos dos judeus.
Para a Água Viva basta apenas a Fé e aceitação da Palavra de Deus que Jesus nos traz.
Além disso, quem bebe da água do poço de Jacob volta a ter sede. A Água Viva mata a sede para sempre, isto é, dá-nos a vida eterna.
Foi isto que Jesus ensinou à Samaritana quando lhe disse: “Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede.
Mas aquele que beber da Água que eu lhe der, nunca mais terá sede, pois esta Água converter-se-à nele em Fonte de água que dá a Vida eterna” (Jo 4, 13-14).
Esta Água disse Jesus, é o Espírito Santo que viria a ser difundido no momento da ressurreição de Cristo.
Eis o que diz o evangelho de São João: “No último dia, o mais solene da festa, Jesus, de pé, bradou:
“Se alguém tem sede venha a mim. Quem crê em mim que sacie a sua sede! Como diz a Escritura, hão-de correr do seu coração rios de Água Viva.
Jesus disse isto referindo-se ao Espírito Santo que iam receber os que acreditassem nele.
Com efeito, o Espírito ainda não tinha vindo, pois Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo 7, 37-39).
Os que bebem a Água Viva tornam-se templos do Espírito Santo, como diz São Paulo: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Cor 2, 16).
Eis como o profeta Ezequiel descreve a força da Nova Aliança no coração do Homem: “Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um Espírito Novo:
Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Porei o meu Espírito no vosso íntimo, fazendo que sejais fiéis às minhas leis e preceitos” (Ez 36, 26-27).
A Carta aos Efésios que os cristãos não se devem embriagar com vinho mas encher-se, pelo contrário, com a força do Espírito Santo (Ef 5, 18).
São Paulo queria dizer que o Espírito Santo é a bebida da Nova Aliança, isto é, a Água Viva (1 Cor 12,13).
Agora podemos compreender melhor as seguintes palavras de Jesus no evangelho de São João:
“Se alguém tem sede venha a mim e beba” (Jo 7, 37).
E ainda: “Aquele que beber da Água que eu lhe der nunca mais terá sede” (Jo 4, 14).
CRISTO RESSUSCITADO E A ÁGUA VIVA-IV
IV-ÁGUA VIVA E A VIDA ETERNA
O profeta Isaías, muitos séculos antes de Cristo já tinha falado do Espírito Santo como sendo uma água que mata a sede e faz desabrochar a vida espiritual em abundância.
Eis as suas palavras: “Vou derramar água sobre o que tem sede e fazer correr rios sobre a terra árida.
Vou derramar o meu Espírito e as minhas bênçãos sobre os vossos filhos e filhas. Por isso eles vão crescer como plantas junto das fontes e como salgueiros junto das águas dos rios e ribeiros” (Is 44, 3-4).
São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Os Actos dos Apóstolos quando o Espírito Santo veio com toda a força no dia do Pentecostes, afirmam que aquela força do Espírito significava a realização das antigas profecias.
“Estes homens não estão embriagados como imaginais, mas tudo isto é a realização do que disse o profeta Joel” (Act 2, 15-16).
O Espírito Santo é o Espírito de Cristo ressuscitado. Como estamos unidos a Cristo, temos o mesmo Espírito Santo que habita em Cristo.
A Carta aos Gálatas diz que os que vivem unidos a Cristo têm o Espírito Santo que nos faz dar frutos de vida nova.
São maravilhosos os frutos de vida nova que damos quando estamos unidos a Cristo e, portanto, animados pela força do Espírito Santo.
São Paulo, na Carta aos Gálatas, diz-nos quais são esses frutos: “Eis os frutos do Espírito Santo: Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio” (Ga 5, 22-23).
Depois, São Paulo acrescenta: “Se vivemos no Espírito, sigamos também o Espírito” (Ga 5, 25).
São Paulo acrescenta ainda: “Quem semear no Espírito do Espírito Santo colherá a vida eterna” (Ga 6, 9).
Com esta frase São Paulo quer dizer que o Espírito Santo gera vida eterna no nosso coração.
Como nascente da Água Viva, Deus é a Fonte da vida eterna:
“Este é o Deus da minha Salvação, dizia o profeta Isaías. Por isso estou confiante e nada temo, pois fiz de Deus a minha força e o meu canto. Ele é a minha Salvação. Cheios de alegria, todos poderão tirar água das fontes da Salvação (Is 12, 2-3).
O profeta Isaías, muitos séculos antes de Cristo já tinha falado do Espírito Santo como sendo uma água que mata a sede e faz desabrochar a vida espiritual em abundância.
Eis as suas palavras: “Vou derramar água sobre o que tem sede e fazer correr rios sobre a terra árida.
Vou derramar o meu Espírito e as minhas bênçãos sobre os vossos filhos e filhas. Por isso eles vão crescer como plantas junto das fontes e como salgueiros junto das águas dos rios e ribeiros” (Is 44, 3-4).
São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Os Actos dos Apóstolos quando o Espírito Santo veio com toda a força no dia do Pentecostes, afirmam que aquela força do Espírito significava a realização das antigas profecias.
“Estes homens não estão embriagados como imaginais, mas tudo isto é a realização do que disse o profeta Joel” (Act 2, 15-16).
O Espírito Santo é o Espírito de Cristo ressuscitado. Como estamos unidos a Cristo, temos o mesmo Espírito Santo que habita em Cristo.
A Carta aos Gálatas diz que os que vivem unidos a Cristo têm o Espírito Santo que nos faz dar frutos de vida nova.
São maravilhosos os frutos de vida nova que damos quando estamos unidos a Cristo e, portanto, animados pela força do Espírito Santo.
São Paulo, na Carta aos Gálatas, diz-nos quais são esses frutos: “Eis os frutos do Espírito Santo: Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio” (Ga 5, 22-23).
Depois, São Paulo acrescenta: “Se vivemos no Espírito, sigamos também o Espírito” (Ga 5, 25).
São Paulo acrescenta ainda: “Quem semear no Espírito do Espírito Santo colherá a vida eterna” (Ga 6, 9).
Com esta frase São Paulo quer dizer que o Espírito Santo gera vida eterna no nosso coração.
Como nascente da Água Viva, Deus é a Fonte da vida eterna:
“Este é o Deus da minha Salvação, dizia o profeta Isaías. Por isso estou confiante e nada temo, pois fiz de Deus a minha força e o meu canto. Ele é a minha Salvação. Cheios de alegria, todos poderão tirar água das fontes da Salvação (Is 12, 2-3).
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