quarta-feira, 6 de maio de 2009

JESUS CRISTO COMO FILHO DO HOMEM-III


III-CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO DO FILHO DO HOMEM

O título Filho do Homem aponta para o facto de Jesus ser mais que um simples homem ungido com o Espírito Santo para ser o Messias:

O Filho do Homem tem poder para perdoar os pecados (Mt 9, 6). O perdão do pecado pressupõe uma recriação, isto é, um fazer do Homem uma Nova Criação:

“Por isso, se alguém está em Cristo é uma Nova Criação. O que era velho passou. Eis que tudo se fez novo.

Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo por meio de Jesus Cristo” (2 Cor 5, 17-18).
A Nova Criação, é fruto de um novo nascimento, diz o evangelho de São João:

“Jesus respondeu a Nicodemos: “Em verdade em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus”.

Aquilo que nasce da carne é carne. O que nasce do Espírito é Espírito” (Jo 3, 5-6). Além disso, o Filho do Homem é Senhor do Sábado (Mt 12, 8).

O dever de guardar o Sábado era indiscutível para qualquer judeu. As atitudes de Jesus face ao Sábado indicam que o Filho do Homem é superior a Moisés, legislador.

Assim com Jonas passou três dias no ventre da baleia, o Filho do Homem passará três dias no seio da terra (Mt 12, 40).

Isto quer dizer que o principal da missão de Jesus terá lugar após a sua morte e ressurreição.

O Livro dos Actos dos apóstolos diz que foi no momento da sua ressurreição que Jesus foi
investido na sua missão de rei messiânico (Act 3, 19-21).

O Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os anjos e, então, retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta (Mt 16, 27).

A missão messiânica de Jesus tem a função de realizar o juízo definitivo. Naturalmente que o juízo final não deve ser visto como o momento da condenação.

Pelo contrário, o juízo definitivo implica a salvação definitiva, pois é este o plano de Deus: “A vontade de Deus é que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tim 2, 4).

O juízo final deve ser interpretado como a plena realização da missão salvífica do Filho do Homem:

Nada do que de salvável existir no ser humano se perderá no vazio da morte. O Filho do Homem não condena ninguém. Os que vão para a morte eterna condenam-se por sua própria decisão.

Após a transfiguração, Jesus pede aos Apóstolos para não contarem o que viram sobre a montanha, até o Filho do Homem ressuscitar dos mortos (Mt 17, 19).

A missão do Filho do Homem tem um alcance universal. Será como o relâmpago que sai do Oriente e brilha até ao Ocidente (Mt 24, 27).

A Salvação que Deus concede à Humanidade através do Filho do Homem é para os homens de todas as raças, línguas, povos e nações:

“Então aparecerá o sinal do Filho do Homem no Céu. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do Céu com grande poder e glória” (Mt 24, 30).

De agora em diante, o Filho do Homem estará sentado à direita do Todo-poderoso (Lc 22, 69).

No momento do seu martírio, Estêvão disse: “Vejo o Céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus” (Act 7, 56).

Com o evangelho de São João, o Filho do Homem adquire as características de um ser divino e preexistente.

Ele é o Filho Eterno, Deus com o Pai e o Espírito Santo: “Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem” (Jo 3, 13).

Jesus tem o poder de julgar, pois ele é o Filho do Homem: “Deus Pai deu ao Filho o poder de julgar, pois Ele é o Filho do Homem (Jo 5, 27).

Nesta passagem, São João tem presente a visão do profeta Daniel, segundo a qual o Filho do Homem é investido no Céu com poder e Glória, a fim de julgar todos os povos (cf. Dan 7, 13).

Os evangelhos dizem que o Filho do Homem vai vir de Novo. Todos os homens o verão chegar sobre uma nuvem (Lc 21, 27; Mc 14, 62; Mt 26, 64).

A nuvem era o sinal que acompanhava normalmente as manifestações de Deus. Tal como aconteceu com a profecia do Servo Sofredor do profeta Isaías (cf. Is 52, 13-53, 12), também a profecia do Filho do Homem não encontrou no povo judeu.

Foi com o acontecimento de Jesus Cristo que estas duas profecias encontraram o seu sentido pleno.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias


1 comentário:

Lúcia Santos disse...

Parabéns pelo tema do seu Blogue; não tem medo de expor o apreço por Jesus Cristo. Que satisfação isto me dá! Este Deus de Amor merece ser mostrado ao mundo Celebrado e manifestado para que todos conheçam a sua grandezo e o seu amor.