quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O SENTIDO DA VIDA E DA HISTÓRIA-IV

IV-O SENTIDO DA PLENITUDE HUMANA

A nossa Fé ajuda-nos a ver a fecundidade humana como uma dimensão profunda da vida que transcende a dimensão biológica.

Não estamos a edificar para o vazio do nada. Somos autores da nossa realização, a partir do que recebemos de Deus através dos outros.

A pessoa é um feixe dinâmico de energias espirituais constituídas em identidade única, original e irrepetível.

A pessoa é um ser que apenas se possui plenamente em reciprocidade de comunhão amorosa.

A originalidade da pessoa é a sua identidade espiritual, isto é, o jeito de interagir amorosamente com os outros.

Surgimos na vida com um leque de possíveis cuja realização depende de nós. É por esta razão que cada pessoa humana é única, original e irrepetível.

Na verdade, os dons de Deus são-nos feitos em forma de possíveis, a fim de os podermos aceitar ou não. De outro modo não seriam dons mas imposições.

Se Deus é Amor, então podemos dizer que o Amor criou o Universo e gostou de o ter feito. Por outras palavras, Deus ama a sua Criação.

O Cosmos seria uma aventura inútil se não oferecesse uma saída válida para a vida pessoal, a qual, por ser espiritual é imortal e só atinge a sua plenitude no amor.

É certo que o Universo não é uma pessoa. Mas no seu interior já surgiram biliões de pessoas, as quais pertencem, por adopção, à esfera da Família Divina.

O sentido mais profundo da génese criadora do Universo é possibilitar vida pessoal humana, a qual é proporcional a Deus e capaz de comunhão amorosa.

Em comunhão convosco
Calmeiro Matias

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