domingo, 2 de dezembro de 2007

O UNIVERSO É O POEMA DE DEUS-III



III-A CRIAÇÃO E O PLANO SALVADOR DE DEUS

As coisas que Deus criou têm sentido e todas têm razão de existir, pois a Criação é uma obra de amor e não um brinquedo para Deus se divertir.

Depois de ter criado o Homem com uma ternura infinita, Deus ofereceu-lhe o regaço maternal do Espírito Santo.

São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5,5).

Logo a seguir chamou-nos a cada um pelo nosso nome.
Para não esquecer o nome de cada um de nós, Deus escreveu-o na palma das suas mãos.

Depois, para prolongar o amor que nos tem, Deus convidou muitas pessoas para nos fazerem bem, a fim de facilitarem a nossa realização.

Na verdade, o amor de Deus chega até nós através de muitas mediações.

É esta a razão pela qual ele nos chama a amar os nossos irmãos, a fim de sermos uma mediação do seu amor para eles.

Por serem imagem de Deus, as pessoas humanas são capazes de amar.

Mas também podemos pecar dizendo não ao amor, pois o amor propõe-se, mas nunca se impõe.

Quando escolhemos o caminho do amor fraterno fica ao nosso alcance a possibilidade de sermos família de Deus.

Este dom vem-nos, diz o evangelho de São João, pela Encarnação do Filho de Deus (Jo 1, 12-14).

O poema de Deus está em génese e, por isso, ainda não está acabado, sobretudo o Homem em construção.

Deus criou-nos para que nos criemos. Na verdade, nascemos para nascer outra vez, diz o evangelho de São João (Jo 3, 3-6).

Deus criou o Homem inacabado, a fim de este tomar parte na sua própria criação e, deste modo, poder ser livre, consciente e responsável.

Cada pessoa é uma maravilha semelhante às maravilhas das impressões digitais: biliões de dedos e as impressões digitais nunca se repetem.

A nossa identidade genética é o ADN que recebemos no momento da concepção.

Recebemo-la sem a escolher e perdemo-la no cemitério.
Mas temos ainda a identidade espiritual, a qual tem uma configuração histórica, pois é resultado das nossas escolhas, decisões e realizações na linha do amor.

A identidade espiritual de uma pessoa é imortal e é constituída pelo seu jeito próprio de amar.

Deus criou-nos para que nos criemos e talhou-nos com o jeito do encontro amoroso.

Com o aparecimento do Homem, a Criação atinge uma densidade pessoal e torna-se proporcional à própria Divindade.

Criador e Criação já podem comungar, pois a Divindade é pessoas e a Humanidade também. Aleluia!

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem haja por escrever coisas tão bonitas e que me fazem tanto bem.

São