domingo, 27 de janeiro de 2008

ALEGORIA DA PÁSCOA LIBERTADORA-IV

IV-A MARCHA DA LIBERTAÇÃO

O pão ázimo, isto é, não fermentado, é o sinal da urgência. Não há tempo para deixar o pão fermentar.

Além disso, acrescentou Moisés, deveis comer de pé, a fim de estardes preparados para partir, a fim de percorrerdes o caminho da libertação.

Tende coragem, pois na terra para onde o Senhor vos vai conduzir, os frutos têm sabor a mel e a requeijão.

Ao entardecer, o povo começou a preparar a refeição. Por volta da meia-noite, quando as famílias já tinham jantado, ouviu-se um grito cheio de angústia e desespero:

Era o grito de uma mãe egípcia que acabava de perder o seu filho primogénito.

Logo a seguir, ouve-se outro grito e outro, e outro e outro e muitos outros.

Em cada família egípcia, a peste espalhada pelo anjo da morte nas casas dos egípcios, matava o primogénito, isto é, o filho mais velho dessa família.

Mas ao ver o sinal do sangue nas portas dos hebreus, o anjo da morte passava à frente.

Algum tempo depois ouve-se uma forte trombeta. Logo a seguir outra e outra. Depois ouvem-se muitas flautas.

Eram os músicos hebreus a avisar que chegara a hora de partir.

Os músicos assinalavam a hora da intervenção de Deus. As trompetes e as flautas eram o sinal da intervenção de Deus em favor dos filhos de Abraão.

Chegou o momento de iniciar a grande viagem da libertação, dizia Moisés.

Temos de ser fortes, pois a liberdade é uma conquista. Deus está connosco, mas não está em nosso lugar.

Temos de enfrentar provas difíceis: temos de atravessar o Mar Vermelho e enfrentar o perigo dos escorpiões e serpentes que abundam no deserto.

Depois acrescentou: temos de sofrer o tormento da sede, pois no deserto há pouca água.

Para termos sucesso na empresa da nossa libertação, temos de ser solidários.

Devemos dar-nos as mãos nos momentos difíceis, a fim de sermos mais fortes.

De facto, a tarefa da libertação só é possível se as pessoas forem amigas, leais e fraternas.

Segue-se depois o sinal da partida, dando início à longa viagem, a qual durou cerca de quarenta anos.

Por fim, os filhos de Abraão chegaram ao seu destino.
Muitos séculos depois, Deus visitou de novo a terra prometida através do seu Filho, o qual veio como Messias, a fim de libertar não apenas os filhos de Abraão mas toda a Humanidade.

Jesus Cristo veio para realizar uma Páscoa mais perfeita.
Na véspera da sua morte e ressurreição, Jesus inaugurou a Páscoa da Nova e Eterna Aliança, a qual é o início de uma libertação plena que Deus oferece a todos os povos, raças e nações da terra.

Ao ressuscitar, Jesus Cristo oferece à Humanidade o grande dom do Espírito Santo, o qual nos proporciona a Vida Eterna.

O Espírito Santo é o grande dom da Nova Páscoa. Através dele a Salvação ficou ao alcance de todos os seres humanos.

É pelo Espírito Santo que os seres humanos passam a fazer parte da Família de Deus.

A Ceia Pascal, agora, deixou de ser o cordeiro imolado, para ser o próprio Jesus Cristo que se dá a todos nós como alimento de vida eterna.

Ao dar-nos o Espírito Santo, Jesus inaugurou a Páscoa da Nova Aliança, fazendo-nos participar com ele da vida eterna.



Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias









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