sábado, 22 de novembro de 2008

DEUS E O HOMEM COMO SERES DE RELAÇÕES-I

I-RELAÇÕES HUMANAS E FELICIDADE

Quando ouvirmos uma pessoa dizer que não se interessa se as pessoas gostam ou não dela, podemos ter a certeza de que essa pessoa ou está doente, ou então está a mentir.

O sentimento de não ser procurado, ou de não fazer falta produz frustração, envelhecimento e problemas psicológicos.

Quando uma pessoa nota que ninguém a procura, fica dominada pela solidão e perturbada na sua vida psíquica.

Jesus tinha uma compreensão profunda das relações humanas. Foi esta a razão pela qual ele resumiu todas as leis e preceitos e normas do judaísmo a um só mandamento:

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que este” (Mc.12, 28-31).

A Primeira Carta de São João soube interpretar de maneira genial o mandamento de Jesus:
“O amor vem de Deus e todo o que ama nasceu de Deus. O que não ama não conheceu a Deus, pois Deus é Amor” (1Jo.4,7-8).

É importante termos presente que o princípio básico das relações de amor é a reciprocidade:
O facto de os outros gostarem de nós é, no fundo, a resposta ao facto de nós gostarmos deles e vice-versa.

Se nos empenharmos a ajudar os outros a realizarem-se e ser felizes podemos ter a certeza de que eles nos amarão por este facto.

Por outras palavras, se tentarmos ajudar os outros a ser felizes, podemos ter a certeza de que os amigos começarão a surgir espontaneamente.

Há uma sabedoria que é o elemento básico para criar relações satisfatórias e portadoras de felicidade.

Eis algumas atitudes que alimentam e fortalecem esta sabedoria: Não tenhamos a pretensão de saber tudo. Lembremo-nos que a humildade e a naturalidade cativam.

Aplicam-se aqui algumas das bem-aventuranças ensinadas por Jesus: “Felizes os mansos, porque possuirão a Terra (…). Felizes os construtores da paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt.5,5-9).

Tenhamos o cuidado de mostrar interesse pelas coisas que são importantes pelas pessoas que se cruzam connosco na vida.

Nunca deixemos de felicitar o outro pelas suas realizações, mesmo que sejam pequenas, bem como mostrar solidariedade com eles nos momentos de dor e tristeza.

Fazendo assim estamos a entrar em comunhão com o irmão e a sintonizar com o Espírito Santo que nos habita aos dois.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

Sem comentários: