domingo, 30 de novembro de 2008

A FIDELIDADE DO DEUS DA ALIANÇA-IV

IV-UNIVERSALIDADE DO PLANO DE DEUS

A minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor que se compadece de ti” (Is 54, 10). Deus pede apenas que aceitem o dom da sua de salvação:

“Dai-me ouvidos. Vinde a mim. Escutai-me e vivereis. Farei convosco uma aliança definitiva. Serei fiel à minha amizade com David” (Is 55, 3).

Quando chegar o tempo da Nova Aliança, mesmo as vidas daquelas pessoas que pareciam estéreis se tornarão fecundas:

“Isto diz o Senhor aos eunucos que observam os meus sábados, que escolhem o que me agrada e ficam firmes na minha aliança:

Dar-lhes-ei no meu templo e dentro das minhas muralhas, um monumento e um nome mais valioso que os filhos e as filhas” (Is 56, 4-5).

Não é por acaso que os Actos dos Apóstolos dizem que o primeiro pagão a ser baptizado foi o eunuco da rainha Candace da Etiópia:

“Ora, um etíope, eunuco e alto funcionário da rainha Candace, da Etiópia e superintendente de todos os seus tesouros e que tinha ido em peregrinação a Jerusalém, regressava, sentado no seu carro a ler o profeta Isaías.

O Espírito Santo disse a Filipe: “Vai e acompanha aquele carro”. Aproximando-se, Filipe, ouviu o etíope a ler o profeta Isaías e perguntou-lhe:

“Compreendes bem o que estás a ler?” Respondeu ele: “Como poderei compreender sem alguém que me oriente?”

Depois convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele (…). Então Filipe, partindo da passagem de Isaías que o etíope estava a ler anunciou-lhe a Boa Nova de Jesus Cristo.

Um pouco mais à frente encontraram uma nascente de água e o eunuco disse: “Há ali água, que me impede de ser baptizado?” Filipe respondeu:

“Se acreditas de todo o coração isso é possível”. O eunuco respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. E mandou parar o carro. Ambos desceram à água, Filipe e o eunuco, e Filipe baptizou-o.

Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco não o viu mais., seguindo o seu caminho cheio de alegria” (Act 8, 27-39),

Com este relato tão bonito, São Lucas quis-nos dizer que, com a ressurreição de Jesus chegaram os tempos da Nova Aliança e que o Espírito Santo, fonte de fecundidade, está a difundir-se pela terra inteira.

O profeta Isaías disse que nos tempos da Nova Aliança os estrangeiros também terão morada em Jerusalém.

Os povos estrangeiros virão à cidade de Deus e, cheios de alegria, entrarão na casa de oração, isto é, no templo de Deus e os seus sacrifícios serão agradáveis a Deus (cf. Is 56, 6-7).

A Nova Aliança será vivida em comunhão com a Palavra de Deus, a qual brotará com abundância da boca das pessoas:

“Esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor: o meu Espírito estará sobre ti, e as palavras que coloquei em ti jamais se afastarão da tua boca e da boca dos teus filhos, desde agora e para sempre” (Is 60, 19-22).

Quando o Senhor estabelecer a Nova Aliança, Jerusalém será totalmente renovada. Já não será iluminada pelo sol durante o dia nem pela lua durante a noite, pois Deus será a sua luz eterna” (Is 60, 19-22).

A Nova Aliança já não será estabelecida sobre as tábuas da Lei, as quais desapareceram quando os caldeus invadiram Jerusalém.

O profeta Jeremias, contemporâneo deste facto, diz claramente que a nova aliança não assenta num coração de pedra mas num coração de carne.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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