
Como a nossa compreensão da verdade e do bem é limitada, podemos enganar-nos muito facilmente no que se refere ao nosso bem.
Neste ponto é muito importante fazermos como Jesus que buscava sempre a sempre a vontade de Deus.
Quanto mais a Humanidade se afasta da vontade de Deus, mais se afunda no abismo do malogro e do fracasso.
É este o sentido do dilúvio: a Humanidade começou a afogar-se, isto é, a afundar-se cada vez mais no fosso do seu fracasso.
Não foi Deus que afogou a Humanidade, pois Deus é amor e o amor nunca se vinga (cf. 1 Jo 4, 7-8; 4, 16).
Em vez de afogar a Humanidade, Deus veio, pelo contrário, em seu socorro, tomando a iniciativa de fazer uma nova aliança com Noé, como diz o Livro do Génesis:
“Contigo vou estabelecer a minha aliança. Entrarás na Arca com a tua mulher, os teus filhos e as mulheres dos teus filhos” (Gn 6, 18).
O Livro do Génesis diz que o arco-íris é o sinal escolhido por Deus para significar uma outra aliança que reinicia a marcha não só da Humanidade mas também de toda a Criação.
“Deus disse: este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós com todos os seres vivos que estão convosco.
Colocarei o meu arco nas nuvens. Ele será um sinal da minha aliança com toda a terra” (Gn 9, 12-13).
Mas os descendentes de Noé, tal como acontecera com os descendentes de Adão, de novo se opõem à vontade de Deus entrando mais uma vez no caminho do fracasso.
O coração dos seres humanos é fraco e inconstante. Por isso a Humanidade tende sempre a repetir a velha história de querer ser igual a Deus.
O relato da Torre de Babel é mais uma confirmação desta tendência do Homem que quer ser divino por suas próprias forças (Gn 11, 1-8).
É verdade que o nosso coração está talhado para atingir a sua plenitude na divinização, mas isso é um dom de Deus, não uma conquista do Homem.
A fé cristã diz-nos que a divinização do Homem faz parte do projecto. Mas esta meta é um dom de Deus e não uma conquista do omem.Homem.Homem.
Na verdade, foi em Jesus Cristo ressuscitado que Deus realizou o plano da nossa divinização, difundindo para nós a meta da nossa divinização.
A fidelidade plena de Jesus à missão que Deus lhe confiou ultrapassou a velha tentação humana de repetir sempre as mesmas infidelidades.
Calmeiro Matias
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