terça-feira, 30 de junho de 2009

EIS COMO DEUS NOS REVELOU O SEU ROSTO-III


III-JESUS COMO REVELAÇÃO DO PAI

O grande revelador do Pai, diz o evangelho de São João é Jesus Cristo: Eis as palavras que São João põe na bocade Jesus:

“Há tanto tempo que estou convosco, Filipe, e ainda não me conheces? Quem me vê, vê o Pai.” (Jo 14, 18).

Quando São João diz que Cristo é a Palavra de Deus quer dizer que só ele exprime de modo pleno e eficaz o plano salvador de Deus.

Explicitar de modo eficaz significa realizar aquilo que significa. O conhecimento de Deus é a fonte da Vida Eterna, pois para conhecer Deus é preciso estar em comunhão com ele.

“Nesse dia compreendereis que eu estou no Pai, vós em mim e eu em vós” (Jo J0 14, 20). O sacramento da Eucaristia explicita precisamente este mistério de conhecimento e comunhão com Deus:

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também aquele que me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).

“Pai, não rogo apenas por eles, mas igualmente por todos os que hão-de acreditar em mim por meio da sua palavra, a fim de que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti.

Que eles permaneçam em nós, a fim de o mundo ver e acreditar que tu me enviaste. Pai, eu dei-lhes a glória que me deste, a fim de que todos sejam um, como nós somos um.

Eu neles e tu em mim, Pai, a fim de atingirmos a perfeição da unidade (…). Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu conheci-te e estes reconheceram que tu me enviaste.

Eu dei-lhes a conhecer quem tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu esteja neles também” (Jo 17, 20-26).

O Espírito Santo é o princípio animador desta interacção que nos proporciona o conhecimento e a comunhão plena com Deus:

“Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que eu vos disse” (Jo 14, 26).

Estamos a penetrar no coração de uma História de Amor sem paralelo. Apesar das nossas infidelidades e recusas de amor, Deus continua a amar-nos de modo incondicional.

São Paulo diz que o Espírito Santo é o Amor de Deus derramado nos nossos corações” (Rm 5, 5).

Falando do seu conhecimento e união orgânica com Cristo, São Paulo afirma: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 10).

Unir-se a Cristo é formar uma Nova Criação reconciliada com Deus, diz a Segunda Carta aos Coríntios (2 Cor 5, 17-19).

A Carta aos Colossenses diz que a união orgânica com Cristo faz emergir em nós o Homem Novo moldado como perfeita imagem de Deus:

“Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas acções, e vos revestistes do Homem Novo.

No Homem Novo já não há grego nem judeu, circunciso ou incircunciso, bárbaro, cita, escravo ou livre, mas apenas Cristo que é tudo em todos e está em todos” (Col 3, 9-11).

Jesus Cristo é a Palavra eficaz de Deus. Realiza aquilo que significa.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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