segunda-feira, 12 de novembro de 2007

SOMOS UMA NOVA CRIAÇÃO EM CRISTO - II


II-FORMAMOS UMA UNIÃO ORGÂNICA

São Paulo diz que a união orgânica que liga Cristo e a Humanidade é semelhante à união que existe entre a cabeça e os membros do mesmo corpo (1 cor 10, 17; 12, 27).

O princípio que anima esta união é o Espírito Santo: “Fomos baptizados num mesmo Espírito, a fim de formarmos um só Corpo” (1 Cor 12, 13).

No evangelho de São João, Jesus compara a união existente entre nós e ele à união que existe entre a cepa da videira e os seus ramos.

Depois acrescenta que a nossa vida será fecunda, na medida em que somos ramos unidos à cepa (Jo 15, 4-6).

É pelo Espírito Santo, diz São Paulo, que somos incorporados na Família Divina e clamamos “Abba”, isto é, Papá (Ga 4, 4-7; Rm 8, 14-16).

Adão, com o seu pecado, colocou a Humanidade no caminho do malogro e do fracasso. Cristo, com a sua fidelidade, reconduziu-nos para o caminho do encontro e da comunhão com Deus.

Ele é o Novo Adão com o qual nós ressuscitamos e somos assumidos em Deus: “Assim como todos morrem em Adão, assim também todos ressuscitam em Cristo, o Novo Adão” (Rm 5, 17).

Eis o que Jesus diz no Evangelho de São Mateus:
“A vontade de meu Pai é que nenhum destes pequeninos se perca” (Mt 18, 14).

Com Cristo ressuscitado, a Humanidade recupera as condições primordiais para ser divinizada mediante a incorporação na comunhão da Santíssima Trindade.

Mas não nos podemos esquecer que o plano de Deus é amor e que o amor propõe-se, mas nunca se impõe.

Na verdade, a Nova Criação é um dom que Deus nos faz em forma de possibilidades que podemos realizar ou não.

Isto quer dizer que Cristo é a cúpula do plano criador e salvador de Deus, pois é a Cabeça da Nova Criação (2 Cor 5, 17-18).

No princípio, o Filho Eterno de Deus foi, foi o grande protagonista da Criação, diz o evangelho de São João (Jo 1, 1-10).

Depois, pela Encarnação deu-nos o poder de nos tornarmos filhos de Deus, não pelos impulsos da carne ou pela vontade do homem, mas sim pela vontade de Deus (Jo 1, 12-14).

A História Humana atingiu a plenitude dos tempos, isto é, a fase dos acabamentos com a Encarnação e a Ressurreição de Cristo.

Graças à fidelidade de Jesus Cristo, a Criação está de novo inserida no plano que Deus tinha sonhado desde toda a eternidade (Mt11, 25).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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