Os evangelhos sublinham muito claramente a diferença essencial entre o baptismo de João, rito de purificação, e o baptismo que Jesus vinha inaugurar e a que dão o nome de Baptismo no Espírito:
“Depois de mim virá alguém que é maior do que eu. Eu nem sou digno de levar as suas sandálias. Ele vos baptizará no Espírito Santo e no Fogo” (Mt 3, 11).
O Espírito Santo é uma pessoa divina. Com seu jeito maternal de amar, ele anima as relações de amor de Deus Pai com o Filho de Deus.
No nosso íntimo, o Espírito Santo conduz-nos a Deus Pai que nos acolhe como filhos e ao Filho de Deus que nos acolhe como irmãos (Rm 8, 14-17).
O Espírito Santo é o grande dom de Cristo ressuscitado. Dizer que o Espírito Santo é um dom não quer dizer que é uma coisa de que alguém possa dispor arbitrariamente.
Dizer que o Espírito Santo é um dom de Deus, significa que é uma pessoa que não actua em nome próprio, mas sim em nome de Deus.
Actua em nome de Deus Pai, conduzindo-nos à filiação divina (Gal 4, 4-7). Habita em nós como num templo, diz a Primeira Carta aos Coríntios:
“Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?” (1 Cor 3, 16). É ele que nos consagra, isto é, capacita para sermos servidores do Evangelho (Act 13, 2; 20, 28).
No nosso íntimo, o Espírito Santo é um apelo permanente à liberdade. Eis o que diz São Paulo: “Onde está o Espírito de Cristo ressuscitado aí está a liberdade” (2 Cor 3, 17).
Calmeiro Matias
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