O Livro do Génesis diz que Deus, à medida que ia fazendo surgir as obras da Criação, exclamava de contentamento, pois achava que a sua obra era boa (Gn 1, 12; 18; 21; 25; 31).
Mas logo a seguir, o Livro do Génesis, diz que Deus ficou desencantado, pois o Homem, com o seu pecado distorceu o plano criador de Deus (Gn 6, 13-22).
Mas Deus insiste e renova a sua Aliança com Noé (Gn 6, 17-18). O relato do dilúvio é um relato alegórico para dizer que o pecado destrói o Homem.
O Livro do Génesis associa a morte com o pecado de Adão: “Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de onde foste tirado porque tu és pó e ao pó voltarás” (Gn 3, 19).
É verdade que a morte como acontecimento natural não tem a ver com o pecado. Mas podemos dizer que o pecado é sempre gerador de morte, mas morte não natural.
É neste sentido que devemos entender o relato do fratricídio de Caim ao matar Abel. Também é neste sentido que devemos interpretar os homicídios, isto é, mortes não naturais que têm manchado a História de sangue humano.
Também quando matamos as possibilidades de humanização nos irmãos, estamos a matar o irmão, impedindo-o de emergir.
Calmeiro Matias
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