A Carta aos Romanos diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Quando dizemos que o Espírito Santo é um dom de Deus queremos dizer que não actua em nós em nome próprio, mas como membro da comunhão divina.
Quando dizemos que é o dom de Cristo ressuscitado queremos dizer que, com a sua ressurreição, Jesus nos dá acesso a uma interacção especial com o Espírito Santo.
As imagens bíblicas para falar desta interacção acentuam de modo especial a fecundidade da acção do Espírito Santo em nós:
É um vento que circula e nos impele (Jo 3, 8). Conduz as pessoas para a comunhão e a fraternidade (Act 2, 2).
É um manancial de Água viva a jorrar Vida Eterna no nosso íntimo (Jo 7, 37-39; 4, 14). É o Espírito da verdade que está nos discípulos de Jesus.
O mundo não o conhece nem o pode receber, pois os critérios do mundo são opostos aos do Espírito Santo (Jo 14, 17).
Ele é o grande enviado do pai em nome do Filho, o qual nos ensina a verdade e torna explícito para nós o que Jesus ensinou (Jo 14, 26).
É o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm5, 5). É a semente da vida divina implantada no nosso íntimo (1 Jo 3, 9).
Ninguém é capaz de reconhecer a verdade de Cristo ressuscitado a não ser pelo Espírito Santo (1 Cor 12, 3).
As pessoas que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus Pai e irmãos e co-herdeiros com Cristo (Rm 8, 14-17).
É o sangue de Cristo a circular em nós (Jo 6, 63). É a ternura maternal de Deus que nos conduz para a comunhão com o Pai, o Filho e os outros seres humanos que são nossos irmãos em Deus.
Quando nos dispomos a orar no Espírito Santo, ele ora por nós e em nós, tornando a nossa oração um diálogo familiar e íntimo com Deus (Rm 8, 26-27).
É pelo Espírito Santo que o Pai e o Filho se nos comunicam e nos acolhem como membros da Família divina (Gal 4, 4-7).
Calmeiro Matias
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