Influenciados pela visão trágica dos apocalipses judeus, os apóstolos, após a ressurreição de Jesus, começam a associar a segunda vinda de Cristo com o dia da ira.
O dia da ira significava para o judaísmo do tempo de Jesus, o dia em que Deus enviaria os seus anjos para destruir os pecadores.
Pouco a pouco começam a associar o dia da ira com a vinda do Messias. Nesse dia apenas um pequeno resto, o chamado resto fiel, escaparia à destruição.
São Paulo interpretava a segunda vinda de Cristo na linha do dia da ira. Ele julgava que as comunidades cristãs como o pequeno resto fiel que escaparia à punição final ele diz o seguinte aos Tessalonicenses:
“Deus não nos destinou para a ira mas para a salvação em nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5, 9).
O livro do Apocalipse vê o resto fiel constituído pelos justos do Antigo Testamento. O número dos justos da Antiga Aliança é de cento e quarenta e quatro mil.
Trata-se de um múltiplo de doze que simboliza os doze patriarcas multiplicados pelos doze apóstolos.
Vem depois a multidão dos cristãos vindos do paganismo e oriundos dos diversos quadrantes da terra:
“Não danifiqueis a terra nem o mar nem as árvores até termos marcado com o selo a fronte dos servos do nosso Deus.
Ouvi depois o número dos que foram assinalados: “cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos de Israel (…).
Depois disto apareceu uma multidão que ninguém podia contar, a qual provinha de todas as nações, povos e línguas” (Apc 7, 3-9).
Calmeiro Matias
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