Com o aparecimento do Homem sobre a terra, as sementes de vida espiritual germinaram no Universo e a Criação atingiu a plena possibilidade de comungar com o Criador.
Esta possibilidade radica no facto e a Humanidade ser pessoas e a Divindade também. A Divindade é uma comunhão orgânica e dinâmica de três pessoas.
A Humanidade está a emergir de modo concreto em cada ser humano e a convergir para a comunhão orgânica e dinâmica das pessoas divinas com as humanas.
Graças à Encarnação, o Filho de Deus uniu-se de modo orgânico à Humanidade, criando assim as condições para a ressurreição Universal em Cristo.
Podemos dizer que só não participa na plenitude da ressurreição com Cristo a pessoa que se estrutura em atitude de recusa progressiva ao Amor.
Ao criar-nos, diz São Paulo, Deus predestinou-nos para sermos conformes com o Seu Filho, a fim de este ser o primogénito de muitos irmãos (Rm 8, 29).
Isto significa que estamos talhados para a Comunhão Universal da Família de Deus. Ao falar da morte, o cristão não pode deixar de anunciar a sua esperança na ressurreição de Cristo e na nossa ressurreição com ele.
São Paulo diz que a nossa ressurreição e a de Cristo são uma só dinâmica que funciona de modo orgânico.
Eis o que ele diz na Primeira Carta aos Coríntios: “Ora, se nós anunciamos Cristo ressuscitado, como é que alguns de vós dizem que não há ressurreição dos mortos?
Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou é
vã a nossa pregação e a vossa fé não tem fundamento” (1 Cor 15, 12-14).
Calmeiro Matias
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