quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O SENTIDO DA VIDA E DA HISTÓRIA-I

I-PRECISAMOS DE SENTIDOS PARA VIVER

Apenas a pessoa humana se apercebe de que a vida e a História são realidades cheias de sentido.

Na verdade, o animal gosta de brincar, mas não é capaz de celebrar nem precisa de sentidos para viver.

Pelo facto de estar em realização, a pessoa precisa de sentidos para viver e projectar a sua realização.

Quando lhe faltam sentidos para viver a pessoa entra em crise e é muito provável que possa pensar até no suicídio.

Pelo facto de estar em realização histórica, a pessoa tem a capacidade de associar o passado com o presente e este com sonhos e projectos de futuro.

De faço, somos pessoas a caminho de uma meta que se vai vislumbrando de modo progressivo sempre que novos limiares se vão transpondo.

Por não ser uma pessoa em construção, o animal não tem esta consciência existencial. Eis a razão pela qual não se sente interpelado a realizar-se segundo uma escala de valores que dê sentidos à vida.

Sempre que damos um salto de qualidade na marcha da nossa humanização, tornamo-nos imagem de Deus.

Na verdade a lei da humanização é: “Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a comunhão universal”.

Graças ao mistério da Encarnação do Filho de Deus a comunhão universal tornou-se uma união orgânica humano-divina cujo coração é a comunhão da Santíssima Trindade.

Isto quer dizer que a pessoa humana é um ser aberto à transcendência. Eis a razão pela qual apenas os seres humanos têm a dimensão religiosa.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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