VI-ESPERANÇA E ENCONTRO COM DEUS
O Salmo 126 faz uma bela síntese poética do que é a esperança: “Os que semeiam com lágrimas vão ceifar com cânticos de alegria.
Os que saem chorando, ao levar a semente para a sementeira, voltarão com canções de alegria trazendo molhos de espigas consigo” (Sal 126, 5-6).
Para crescer, a Esperança cristã deve ser cultivada e alimentada com a oração e a meditação da Palavra de Deus.
A Primeira Carta de São Pedro diz que os cristãos devem alimentar a sua esperança com a Palavra de Deus, a fim de darem testemunho junto das pessoas:
“Acolhei Cristo nos vossos corações, a fim de estardes preparados para responder aos que vos procuram sobre as razões da vossa esperança” (1 Pd 3, 15).
A esperança dá-nos a certeza de que, apesar dos sofrimentos e dificuldades da vida Deus tem preparou para nós uma plenitude onde a alegria e a felicidade não terão fim.
Os pilares da esperança cristã são a Palavra de Deus e o Espírito Santo. Alimentado com a palavra e fortalecido pelo Espírito Santo, o cristão torna-se uma força transformadora no mundo.
A Carta aos Hebreus diz que Abraão é um modelo de esperança, pois apesar de a evidência sugerir o contrário, ele confiou em Deus, abrindo o coração à esperança.
Por isso ele obteve o que esperava: “E assim, depois de ter esperado pacientemente, Abraão recebeu o conteúdo da promessa” (Heb 6, 15).
A esperança cristã capacita-nos para olhar a vida, a história e os acontecimentos com os olhos do próprio Deus.
À medida que o cristão vai tendo encontros significativos com Deus, a sua esperança torna-se mais sólida e ganha horizontes de eternidade.
No entanto, apesar de nos capacitar para saborearmos a vida com os horizontes da plenitude em Deus, a esperança não nos distrai dos compromissos históricos.
Pelo contrário, envia-nos para o mundo com critérios diferentes dos do mundo, a fim de edificarmos o Reino de deus a emergir da História.
Segundo o evangelho de São Mateus, os cristãos estão chamados a ser sal, luz e fermento no meio do mundo (cf. Mt 5, 13-16).
Graças à nossa esperança, diz São Paulo, os sofrimentos e a morte já não são vistos como tragédias sem saída (Rm 8, 18).
Fundada em Cristo ressuscitado, a esperança dá-nos a certeza de que não estamos a caminhar para o vazio da morte.
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