As outras pessoas podem favorecer ou condicionar a nossa realização pessoal, mas a última palavra é sempre nossa.
É aqui que radica o fundamento da nossa dignidade pessoal e também a responsabilidade da nossa realização.
Agora já podemos compreender como a nossa realização pessoal é a configuração da nossa identidade histórica.
Isto quer dizer que seremos eternamente a pessoa que formos construindo, agora, na história.
Através de Cristo, Deus diviniza o que fomos edificando como realização humana.
Por outras palavras, será eternamente mais divino quem mais se humanizou na História. A divinização é um dom gratuito de Deus, mas a humanização é tarefa nossa.
Ao criar-nos inacabados, Deus deu-nos a missão histórica de nos criarmos, completando, deste modo, a sua obra.
O Espírito Santo actua em nós como esse sopro divino que Deus insuflou no barro primordial, a fim de nos conduzir na tarefa da nossa realização.
Os que bebem a Água Viva que Cristo nos oferece, isto é, o Espírito Santo, participam da plenitude da ressurreição, diz Jesus no evangelho de São João (Jo 4, 21-23; 7, 37-39).
O fruto da Árvore da Vida que estava no centro do Paraíso era a garantia da Vida Imortal, diz o Livro do Génesis.
Mas devido ao pecado de Adão, acrescenta o Génesis, a Humanidade ficou privada da Vida Eterna (Gn 3, 22-24).
É esta a razão, diz São Paulo, pela qual Jesus Cristo veio como Novo Adão (Rm 5, 17-19).
Calmeiro Matias
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