Sem o dom da revelação, o ser humano não tinha a lente adequada para compreender o sentido mais profundo da Criação e do lugar do Homem no plano de Deus.
À luz da fé cristã, o fundamento da Criação é o amor. Na verdade, Deus é amor, diz a Primeira Carta de São João (1 Jo 4, 7).
Podemos dizer que o impulso primordial da génese criadora do Universo nasce do Amor.
O Deus Criador é uma Comunhão familiar. A Divindade é relações de amor e imprimiu as suas impressões digitais no tecido da Criação.
É esta a razão pela qual o tecido da Criação está todo marcado com o selo das relações. Na verdade a dinâmica das relações reina no átomo, no sistema solar ou nas galáxias.
A génese criadora do Universo acontece dentro de uma sequência de causas, efeito, e saltos de qualidade.
Em cada salto de qualidade que acontece, a dinâmica das relações ganha uma nova qualidade.
E vão surgindo assim relações nucleares, gravitacionais, relações de vida gregária, relações sociais, económicas, políticas, interpessoais ou de comunhão amorosa.
As coisas são assim porque o amor, a comunhão e as relações familiares precederam o Universo!
A harmonia e o dinamismo do Universo espelham, embora de modo indirecto, a inteligência e a bondade do Criador.
Tudo é lógico. Tudo tem sentido e lugar. Existe intencionalidade, embora não determinismo, na génese da Criação.
Calmeiro Matias
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