O evangelho de São João diz que o homem interior, isto é, a dimensão espiritual da pessoa vai renascendo pela acção do Espírito Santo (Jo 3, 6).
Trata-se, portanto, de uma realidade a emergir no interior do homem. Por outras palavras, o interior da pessoa é espiritual e forma-se dentro do seu ser exterior como o pintainho se forma dentro do ovo.
O homem interior vai-se robustecendo, graças a acção do Espírito Santo, diz a segunda carta aos Coríntios:
“Por isso não desfalecemos. Mesmo que em nós o homem exterior vá caminhando para a ruína, o homem interior renova-se dia após dia” (2 Cor 4, 16).
É assim a dinâmica da vida nova em Cristo a nascer e a fortalecer-se de modo gradual e progressivo.
O Espírito Santo vai-nos configurando de modo progressivo com Cristo. Ele é, na verdade, o princípio fecundo que faz emergir ávida nova no nosso coração.
A Carta aos Gálatas menciona alguns dos frutos que a nossa vida vai produzindo quando está unida a Cristo e animada pelo Espírito Santo:
“Mas os frutos do Espírito Santo são amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, gentileza e auto controle. Contra estas coisas não há lei” (Ga 5, 22-23).
Mas a nossa vida será fecunda na medida em que permaneçamos unidos a Cristo, como os ramos da videira estão unidos à cepa.
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Os ramos não podem dar fruto por si. Serão fecundos na medida em que estiverem unidos à videira.
Do mesmo modo vós não podeis dar fruto se não estiverdes unidos a mim” (Jo 15, 4-5). O Espírito Santo é a seiva que nos alimenta e robustece, capacitando-nos para sermos testemunhas do Evangelho no meio do mundo:
“Mas vós recebereis o poder do Espírito Santo e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, na Samaria e até aos confins da Terra” (Act 1, 8).
A Carta aos Efésios recomenda aos cristãos para não se embriagarem, mas abrir o coração à acção do Espírito Santo:
“Não vos embriagueis com vinho, pois isso conduz à luxúria. Pelo contrário, deixai que o Espírito Santo encha os vossos corações” (Ef 5, 18).
Calmeiro Matias
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