O mistério da Encarnação significa a plenitude dos tempos, isto é. A fase da divinização do Homem.
Durante cerca de trinta anos só um homem, Jesus de Nazaré, era divino, isto é, organicamente incorporado na comunhão da Família de Deus.
Com a morte e ressurreição de Jesus, a sua dinâmica vital humano-divina difunde-se para a Humanidade.
Esta difusão universal deve-se ao facto de o Senhor ressuscitado entrar em coordenadas de universalidade.
Isto aconteceu assim porque Jesus de Nazaré faz um todo orgânico com a Humanidade, como o Filho eterno de Deus faz um todo orgânico com o Pai e o Espírito Santo.
Isto quer dizer que, com Jesus Cristo, a Humanidade entrou na fase dos acabamentos!
Podemos dizer com toda a verdade que Deus não desiste do Homem.
Antes de Jesus Cristo, o Homem estava apenas em processo de humanização. Com a sua ressurreição, a Humanidade entra na fase da sua divinização, isto é, é incorporada na comunhão orgânica da Santíssima Trindade.
Esta incorporação acontece pela acção do Espírito Santo que nos é comunicada de modo orgânico por Cristo Ressuscitado (1 Cor 12, 13).
Somos o resultado personalizado da história que construímos com os talentos que recebemos dos outros, o qual vai ser divinizado ao sermos incorporados em Deus.
Deus está connosco, mas não em nosso lugar, pois nunca nos substitui. A maneira de sermos fiéis aos dons de Deus é esta: agir como se tudo dependesse de nós, sabendo que o essencial é obra desse Deus que nunca desiste de nós.
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário