Podemos ter a certeza de que muita gente é derrotada pela vida, não por falta de habilidade ou competência, mas por falta de confiança, entusiasmo e fé.
A fé dinamiza as nossas forças espirituais, as quais formam o núcleo da nossa personalidade.
Quando realizamos o exercício de Fé, o nosso pensamento e a nossa acção ficam em sintonia com Deus:
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir sobre a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” (Rm 12, 2).
Como vemos é possível atingir os objectivos que mais nos encantam e concretizar os sonhos que queríamos realizar.
Mas isto só é possível se estivermos conscientes dos objectivos que queremos atingir e dos sonhos que desejamos realizar.
Por outras palavras, Deus não nos substitui. Está connosco, mas não em nosso lugar. Com Deus podemos realizar o melhor dos nossos talentos e possibilidades, mas nada disto poderá ser feito se não soubermos onde queremos ir.
Eis a razão pela qual é tão importante criar espaços de diálogo com Deus sobre os nossos planos e objectivos.
Eis o que a Carta aos Gálatas diz a este respeito: “Se vivemos pelo Espírito, pautemos também a nossa vida pelo Espírito” (Gal 5, 25).
Se tomarmos Deus e a nossa fé a sério, a força de Deus fica ao nosso dispor e nós podemos realizar maravilhas como Jesus ensinava:
“Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: “Tira-te daí e lança-te ao mar.
E se ao fazer isto acreditar firmemente e não vacilar no seu coração, isto acontecerá” (Mc 11, 22-23). Isto quer dizer que mediante o exercício da fé temos acesso à força de Deus.
Os evangelhos dizem que os apóstolos várias vezes deram provas de não serem capazes de passar da doutrina da fé ao exercício da mesma fé:
Certo dia, Pedro quis caminhar ao lado de Jesus sobre as águas, símbolo dos problemas e dificuldades da vida.
Como a sua fé começou a fracassar, Pedro começou a afundar-se. Então Jesus disse-lhe:
“Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (Mt 14, 31).
A fé é um dado fundamental neste processo processo de comunhão com Deus. Quando Jesus foi a Nazaré, diz o evangelho de São Mateus, não fez lá muitos milagres pela falta de fé dos seus conterrâneos:
“E não fez ali muitos milagres por causa da incredulidade deles” (Mt 15,38; cf. Mc 6, 6). Por vezes uma missão parece-nos fácil. Outras vezes parece-nos muito difícil.
Normalmente isto não depende do tipo de missão, mas do modo como estamos a viver a
presença e a união com Deus.
Calmeiro Matias
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