Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo é o princípio animador desta união orgânica humano-divina.
Na verdade, só pelo Espírito Santo podemos conhecer, isto é, comungar com o Pai e o Filho:
“Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que eu vos disse” (Jo 14, 26).
Ao ressuscitar, Jesus comunicou-nos a possibilidade de interagirmos de modo intrínseco com o Espírito Santo, a fim de participarmos da mesma interacção que existe entre o Pai e o Filho:
“Todos os que são movidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão, mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos.
É por este Espírito que clamamos “Abba”, ó Pai” (Rm 8, 14-15; cf. Gal 4, 4-7). Nenhum ser humano entra isoladamente na comunhão familiar de Deus:
A Carta aos Gálatas diz que todos nós somos apenas um em Cristo (Gal 3, 29). São Paulo tem uma frase muito feliz para explicar esta nossa incorporação em Cristo e, por ele, com a Santíssima Trindade:
“Já não sou eu que vivo mas Cristo que vive em mim” (Gal 2, 10). Conhecer Cristo, diz a Carta aos Colossenses, implica despir-se do velho Adão e revestir-se do homem novo, configurado com Cristo ressuscitado:
“Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas acções, e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador.
No Homem Novo já não há grego nem judeu, circunciso ou incircunciso, bárbaro, cita, escravo ou livre, mas apenas Cristo que é tudo em todos e está em todos” (Col 3, 9-11).
Calmeiro Matias
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