III-CRISTO CONFERE SENTIDO PLENO À CRIAÇÃO
A bondade das criaturas tão insistentemente proclamada pelo Génesis (cf. Gn 1, 1-2, 7) é reafirmada de novo pelo Novo Testamento.
Mas o Novo Testamento dá um salto de qualidade em relação ao Antigo, pois passa a olhar a Criação à luz do acontecimento salvador de Cristo.
Os levitas e os fariseus com as suas distorções rabínicas tentaram dividir as coisas entre puras e impuras, boas e más, benditas e malditas.
Jesus opõe-se a estes tabus e reafirma a bondade essencial de todas as coisas: Os alimentos são todos puros. O que mancha o homem é a maldade que lhe sai do coração e não os alimentos que possa ingerir (Mc 7, 14-20).
O Sábado, sinal da aliança, aparece no livro do Génesis como a consumação e santificação da criação.
Jesus diz que a santificação do Sábado deve acontecer como um compromisso com a libertação, restauração e salvação do Homem.
A Salvação é uma verdadeira recriação. Deus cuida com ternura de todas as criaturas. Nem um só pássaro cai por terra sem que Deus o permita (Mt 10, 29).
Foi Deus quem imprimiu a beleza nos lírios do campo e concedeu agilidade às aves do céu (Mt 6, 25-34).
Deus é o princípio de todas as coisas. Do Senhor é a terra e tudo quanto ela contém (1 Cor 10, 26).
Deus chama à existência as coisas que não são, a fim de estas poderem existir (Rm 4, 17; cf. Gn 1, 3).
Todas as coisas existem pelo poder criador de Deus (Rm 11, 36). É Deus quem dá vida a todas as coisas (1 Tim 6, 13).
Deus é invisível, mas o invisível de Deus mostra-se-nos de modo analógico através das criaturas (Rm 1, 19; cf. Sb 13).
A plenitude da Criação é a Salvação. Cristo é a cabeça da Criação em estado de plenitude. O mundo foi criado por Cristo e para Cristo (1 Cor 8, 6; Col 1, 15-20; Flp 2, 6-11).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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