O Reino de Deus implica persistência e fidelidade à vontade de Deus: “Quem lança mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62).
E ainda: “Se a vossa justiça (fidelidade a Deus) não exceder a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5, 20).
São Paulo é o maior exemplo do que significa um homem fiel ao Deus que o chamou para o serviço do Evangelho (Act 28, 31).
O Reino de Deus é uma realidade de grandeza humano-divina, pois assenta na união orgânica do Homem com Deus, graças ao mistério da Encarnação.
Podemos dizer que a Encarnação é o enxerto do divino no humano, condição para que a Humanidade possa ser assumida na comunhão da Santíssima Trindade.
Como imagem diríamos que nós somos o ramo do limoeiro frágil e enfraquecido, o qual foi enxertado na laranjeira saudável e robusta que é o Filho Eterno de Deus.
Este exemplo é uma imagem da interacção orgânica do humano com o divino que acontece em Cristo. A seiva que alimenta este enxerto é o Espírito Santo.
São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
A seiva é o Espírito Santo que nos vivifica e capacita para dar frutos excelentes.
No momento da ressurreição de Jesus, esta dinâmica é difundida, através dele para todos nós.
Ao receber a seiva vivificante da laranjeira, o ramo do limoeiro começa a robustecer-se e a dar limões de excelente qualidade.
Isto significa que a seiva que vem da laranjeira optimiza o limoeiro e os seus frutos. Jesus disse que a pessoa humana unida de modo orgânica a Cristo dá excelentes frutos, pois sem ele nós somos ramos estéreis (Jo 15, 4-5).
Calmeiro Matias
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