quinta-feira, 12 de março de 2009

JESUS CRISTO E A PLENITUDE DOS TEMPOS-II

II-PLENITUDE DOS TEMPOS E BONDADE DA CRIAÇÃO

Com a plenitude dos tempos as coisas criadas revelam finalmente a bondade que Deus imprimiu nelas ao criá-las.

O Livro do Génesis proclama a bondade de todas as coisas, pondo na boca de Deus o reconhecimento dessa bondade (cf. Gn 1, 1-2, 7) é reafirmada pelo Novo Testamento agora.

Com o Novo Testamento a bondade da criação vai mais longe, pois agora a Criação é optimizada, pois é vista à luz do acontecimento salvador de Cristo.

O legalismo dos levitas e fariseus dividiam as coisas em boas e más, em puras e impuras.
Jesus opõe-se a estes tabus e reafirma a bondade essencial de todas as coisas.

Os alimentos são todos puros e, portanto, não podem tornar o homem impuro. O que torna o homem impuro é a maldade que lhe sai do coração e não os alimentos que lhe entrem pela boca, diz Jesus (cf. Mc 7, 14-20).

O Sábado, sinal da aliança, aparece no livro do Génesis como a consumação e santificação da criação.

O Sábado é um dia santo, não por ser destinado a nada fazer, mas por ser um dia especial para nos comprometermos com a libertação, restauração e salvação do Homem.

Em Cristo Deus realiza a optimização de todas as criaturas, em especial da vida humana.
Na verdade, Deus cuida com ternura de todas as criaturas.

Nem um só pássaro cai por terra sem que Deus o permita, diz Jesus (Mt 10, 29). Foi Deus quem deu beleza aos lírios do campo e agilidade às aves do céu (Mt 6, 25-34).

Do Senhor é a terra e tudo quanto ela contém, diz São Paulo (1 Cor 10, 26). Deus é invisível, mas o invisível de Deus mostra-se-nos de modo analógico através das criaturas (Rm 1, 19; cf. Sb 13).

Jesus Cristo é, pois, a cabeça da Criação em estado de plenitude.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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