Podemos dizer que a fé cristã é um jeito de viver que resulta do encontro com o Cristo ressuscitado no nosso íntimo.
Este encontro acontece pelo Espírito Santo que, com seu jeito maternal de amar, cria uma interacção espiritual entre nós e o Senhor ressuscitado.
São Paulo diz que ninguém é capaz de reconhecer Jesus como o Senhor ressuscitado a não ser pelo Espírito Santo (1 Cor 12, 3).
Na verdade, o Espírito Santo habita no nosso coração como num templo, diz a Primeira Carta aos Coríntios:
“Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós porque o recebestes de Deus e por isso já não vos pertenceis?” (1 Cor 6, 19).
A nossa fé confere-nos horizontes mentais amplos e profundos para olharmos as coisas com os critérios de Deus.
Ao mesmo tempo capacita-nos para agirmos com a segurança própria de quem sabe que o próprio Deus está consigo, para si e por si.
Para terem uma fé cristã adulta, os crentes precisam de cultivar os conteúdos da mesma fé.
De facto, uma coisa é esforçar-se por ser uma pessoa boa, outra coisa bem diferente é esforçar-se por possuir uma fé cristã adulta.
No entanto, a nossa fé não se esgota nos seus conteúdos doutrinais. Um crente que tome Deus e os conteúdos da Fé a sério, procura exercitar e experimentar a verdade dessa mesma fé.
Na verdade, se a doutrina da fé é verdadeira, então tem de ser eficaz no concreto da vida, isto é,
tem de dar frutos de veracidade.
Por outras palavras, os cristãos que tomam Deus e a fé a sério decidem correr riscos e apostar.
É este o conselho que nos dá a Carta aos Efésios quando afirma:
“Não andeis como os gentios, na futilidade dos seus pensamentos, com o entendimento obscurecido, alienados da vida de Deus devido à ignorância e dureza de coração” (Ef.4,18).
Calmeiro Matias
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