II-CRISTO COMO IRMÃO MAIS VELHO
Somos incorporados na Família divina pelo Espírito Santo. Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo conduz-nos a Deus Pai que nos acolhe como filhos e ao Filho de Deus que nos acolhe como irmãos.
Pela Encarnação, diz São Paulo, o Filho de Deus tornou-se o primogénito de muitos irmãos, diz São Paulo (Rm 8,29).
A Carta aos Romanos diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
E é assim que as pessoas que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos e herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8, 14-17).
É também o Espírito Santo que alimenta a fraternidade humana universal. O Espírito Santo é o dinamismo vital de Cristo ressuscitado, pois é ele que dinamiza a interacção que existe entre a interioridade divina do Filho de Deus e a interioridade humana do Filho de Maria.
Ao partilhar connosco este dinamismo humano-divino, o Senhor ressuscitado torna-nos membros da Família de Deus:
Este mistério é explicitado de modo especial no mistério da Eucaristia: “Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também quem me come, viverá por mim. Este é o pão que desceu do Céu” (Jo 6, 57-58).
O Espírito Santo, diz São João, é também a Água viva que o Senhor ressuscitado nos dá a beber, a qual faz emergir em nós a vida eterna (Jo 7, 37-39).
Fomos baptizados num mesmo Espírito, diz São Paulo a fim de formarmos o Corpo de Cristo (1 Cor 12, 13).
Por outras palavras, por estarmos unidos de modo orgânico a Cristo, somos animados pelo mesmo princípio vital que o anima.
O Espírito Santo é o pão espiritual que comemos e faz de nós corpo de Cristo (1 Cor 10, 17; 12, 27).
Isto quer dizer que não fomos feitos para estar sós. A morte espiritual é igual a solidão radical. É isto o que, em linguagem cristã, se chama inferno.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário