Deus dá-se-nos a conhecer através de Cristo. Ele é o grande revelador de Deus como diz São João:
“Há tanto tempo que estou convosco, Filipe, e ainda não de conheces? Quem me vê, vê o Pai.” (Jo 14, 18).
À medida que conhecemos Cristo, conhecemos o Pai. Este conhecimento acontece no Espírito Santo que é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Na Primeira Carta aos Coríntios, o Apóstolo São Paulo exclama: “Fomos baptizados no mesmo Espírito, a fim de formarmos o Corpo de Cristo (1 Cor 12, 13).
Uma vez que o conhecimento de Deus implica interacção amorosa, a sua meta é a incorporação na Família Divina.
“Nesse dia compreendereis que eu estou no Pai, vós em mim e eu em vós” (Jo J0 14, 20).
O sacramento da Eucaristia explicita este mistério da comunhão orgânica da Humanidade com a Divindade:
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também aquele que me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).
A meta desta união é a comunhão humano-divina da Família de Deus: “Pai, não rogo apenas por eles, mas igualmente por todos os que hão-de acreditar em mim por meio da sua palavra, a fim de que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti.
Que eles permaneçam em nós, a fim de o mundo ver e acreditar que tu me enviaste. Pai, eu dei-lhes a glória que me deste, a fim de que todos sejam um, como nós somos um.
Eu neles e tu em mim, a fim de eles chegarem à perfeição da unidade (…). Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu conheci-te e estes reconheceram que tu me enviaste.
Eu dei-lhes a conhecer quem tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu esteja neles também” (Jo 17, 20-26).
Calmeiro Matias
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