Por ser o ponto de encontro e interacção do humano com o divino, Jesus Cristo é a fonte a partir da qual emerge a dinâmica do Reino de Deus.
Podemos dizer que o Reino de Deus é o encontro definitivo e indestrutível da Humanidade com a Divindade. Este encontro teve início em Jesus Cristo.
Com efeito, enquanto Jesus de Nazaré viveu na História, ele foi o único homem unido de modo orgânico à divindade.
No momento da sua ressurreição, o manancial da vida eterna que o dinamizava interiormente difundiu-se para todos nós.
Com efeito, podemos dizer que o Reino de Deus constitui o horizonte máximo da Esperança Cristã.
A Igreja é o sinal deste mistério de salvação realizado em Cristo ressuscitado. É verdade que a Igreja não é o Reino de Deus, mas é, de facto, o sacramento que corporiza e explicita o Reino de Deus.
Por outras palavras, a Igreja é uma mediação privilegiada para o Espírito Santo explicitar fazer emergir o Reino de Deus na História.
Isto quer dizer que o Reino de Deus é a Vida Eterna a emergir no tempo. São Paulo tem consciência da importância fundamental da sua condição de Apóstolo para anunciar e explicitar o mistério do Reino de Deus:
“A mim, o menor de todos os santos, foi-me dada a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo.
Fui incumbido de iluminar os homens sobre a realização do mistério escondido desde todos os séculos em Deus, o Criador de todas as coisas.
E deste modo me foi dada a conhecer a multiforme sabedoria de Deus, de acordo com o desígnio eterno que ele planeou em Cristo Jesus” (Ef 3, 8-11).
O Reino de Deus está a emergir na História. A sua plenitude coincide com a Comunhão das pessoas humanas com as três pessoas divinas.
Por ser uma realidade de grandeza humano-divina, Jesus Cristo é a pedra angular sem a qual não podia existir o edifício do Reino de Deus.
Calmeiro Matias
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