Só por si, os seres humanos são incapazes de saber quem é Deus. Sempre que o Homem se põe a conhecer a realidade de Deus utilizando apenas as suas capacidades humanas, só consegue criar um deus à sua imagem e semelhança.
Mas Deus não é uma realidade criada à imagem do Homem. Pelo contrário, o Homem é que é um ser criado à imagem de Deus (Gn 1, 26-27).
O conhecimento de Deus capacita-nos para saborearmos o sentido mais profundo nossa vida.
O conhecimento do mistério de Deus e o seu plano salvador em favor do Homem, ajuda os seres humanos a possuírem um sentido mais pleno e profundo da vida e da meta para a qual estamos a caminhar.
Por outras palavras, conhecendo o significado da sua existência, dentro de um plano de Amor e Salvação, as pessoas humanas têm razões para se comprometer com a construção da vida.
Foi esta a razão pela qual Deus tomou a iniciativa de se revelar azo Homem. Este favor foi, é e será sempre um dom do Espírito Santo.
Na verdade, é sempre pelo Espírito Santo que Deus se comunica, tanto no interior das relações da Santíssima Trindade, como em relação à Humanidade.
A revelação de Deus à Humanidade começou a acontecer dentro do Povo Bíblico. Este povo foi não apenas o alfobre onde emergiu e cresceu a Palavra de Deus, como também o regaço onde o Messias foi acolhido.
Mas o Povo Bíblico era uma mediação limitada, pois estava encerrado nas coordenadas limitadas de uma raça, uma língua, uma cultura e uma nação com fronteiras bastante estreitas.
Era um povo cheio de sonhos imperialistas. Sonhava com um domínio universal sobre os outros povos.
Além disso, tinha a pretensão de ser o único povo amado de Deus. Todos estes aspectos limitavam enormemente as possibilidades de o Povo Bíblico ser realmente o medianeiro universal da revelação de Deus.
Mas Deus corrigiu estas limitações enviando-nos o seu filho o qual anunciou o Reino de Deus, o qual não coincidia com o sonho do reino de David restaurado como esperavam o povo bíblico.
Calmeiro Matias
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