Deus é realmente o Emanuel, isto é, o Deus sempre connosco, como disse o profeta Isaías. O coração, segundo a bíblia, é o núcleo mais nobre da nossa interioridade espiritual.
O nosso coração é o ponto de encontro com o Espírito Santo. Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo conduz-nos ao Pai que nos acolhe como filhos e ao Filho de Deus que nos acolhe como irmãos (Rm 8, 14-16).
Ele é o amor de Deus derramado nos nossos corações, diz São Paulo (Rm 5, 5). Ainda antes de nós decidirmos fazer o bem já o Espírito Santo no-lo está a inspirar.
No entanto, nunca nos substitui. Por outras palavras, o Espírito Santo está connosco, mas não está nunca em nosso lugar.
O nosso coração é uma realidade dinâmica e por isso se vai moldado de modo de modo gradual e progressivo.
Tal como Jesus ensinou, as pessoas tornam-se boas, fazendo o bem. Do mesmo modo, as pessoas que no seu coração se decidem pelo mal, se tornam más.
Isto quer dizer que o ser humano se faz, fazendo. Na verdade, nós não somos iguais ao que dizemos, mas sim ao que fazemos.
Como ainda não somos pessoas acabadas, somos seres muito vulneráveis e inseguros. O nosso coração ainda não está plenamente configurado.
De facto, ainda somos seres habitados por uma grande ambiguidade. Tão depressa optamos pelo bem como nos sentimos tentados a fazer o mal.
Isto quer dizer que ainda não somos seres plenamente livres. A liberdade é a capacidade de a pessoa se relacionar com os outros em dinâmica de amor e de interagir criativamente com as coisas e os acontecimentos.
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário