terça-feira, 2 de junho de 2009

A ORIGINALIDADE DA ORAÇÃO CRISTÃ-IV

IV-A ORAÇÃO COMO ALIMENTO DA VIDA CRISTÃ

Sem oração podemos ter conhecimentos teóricos dos conteúdos da Fé, mas nunca podemos ter uma experiência viva de Deus.

Uma oração bem fundamentada tem de ter como alicerce o amor. Eis o que diz a primeira Carta de São João: “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus.

Aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chega a conhecer Deus, pois Deus é amor” (1 Jo4, 7-8).

O amor a Deus e aos irmãos é, na verdade, o alicerce sólido para que a nossa oração seja um diálogo amoroso com Deus.

O ponto de encontro deste diálogo amoroso é sempre o nosso coração. Não é legítimo separar a nossa oração da nossa vida real.

A primeira carta de São João insiste nesta verdade. Eis o que ela diz numa outra passagem:

“A Deus nunca ninguém o viu. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor, em nós, chegou à perfeição.

Nós damo-nos conta que permanecemos em Deus e ele em nós, porque nos faz participar do Espírito Santo (…).

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser que ama a Deus mas odiar o seu irmão, esse é um mentiroso.

De facto, aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Nós recebemos de Cristo este mandamento: quem ama a Deus ame também o seu irmão” (Jo 4, 12-21).

Quanto mais fizermos de Deus uma questão primeira e tomarmos Deus a sério, mais a nossa oração será uma força transformadora e recriadora em nós e no mundo.

A humildade é uma atitude fundamental para que a nossa oração possa sintonizar com o coração de Deus.

A humildade é a capacidade de se compreender e saber situar correctamente perante os outros.
A humildade tem a ver com a verdade, o grande dom do Espírito Santo como diz Jesus:

“Quando vier o Espírito da Verdade, ele guiar-vos-á para a verdade completa” (Jo 16,13). Isto quer dizer que orar no Espírito Santo é entrar no caminho que nos conduz à verdade.

A verdade é a compreensão e enunciação correcta e adequada da realidade de Deus, do Homem, da História e do universo.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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