O Deus que está em nós e no qual nós estamos, ama-nos ternamente e sonhou um plano de salvação para nós.
O plano de assunção e incorporação do Homem na Família Divina representa a cúpula do projecto criador de Deus.
Por outras palavras, a salvação do Homem é a cúpula do projecto criador de Deus. Deus não só criou por amor, como também programou uma aliança de amor com a Criação através do Homem.
Este projecto, Deus o realizou através do mistério da Encarnação: “O Verbo é a luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, ilumina todos os seres humanos.
Foi por ele que o mundo foi criado, mas o mundo não o conheceu. Mas àqueles que o receberam, aos que crêem nele, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram dos laços do sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.
E o Verbo Encarnou e veio habitar no nosso meio. Nós contemplamos a sua glória, a glória que possui como filho unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 12-14).
O evangelho de São João diz que nós temos de nascer de novo, a fim de atingirmos a meta que Deus sonhou para nós:
“Em resposta, Jesus declarou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto, não pode ver o Reino de Deus”.
Perguntou-lhe Nicodemos: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?”
Jesus respondeu-lhe: “Em verdade em verdade te digo: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito.Não te admires por eu te ter dito que tendes de nascer do Alto” (Jo 3, 3-6).
A água é a Água Viva, isto é, o Espírito Santo enquanto nascente de vida eterna no nosso íntimo (Jo 4, 14; 7, 37-39).
A outra vertente da acção do Espírito Santo em nós é o sopro do Espírito Santo a actuar no interior do barro do qual saiu Adão.
Ao tornar-se nosso irmão mediante a Encarnação, o Filho de Deus deu-nos a possibilidade de nos tornarmos membros da Família Divina.
Deste modo, o Filho de Deus passou da condição de Filho único para primogénito de muitos irmãos, como diz São Paulo:
“Porque àqueles que conheceu antecipadamente, também os predestinou para serem uma imagem perfeita de seu Filho, ao ponto deste ser o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29).
Calmeiro Matias
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