Jesus de Nazaré e o Filho Eterno de Deus estão organicamente unidos, isto é, fazem uma união orgânica.
Podemos dizer que o Filho Eterno de Deus e o Filho de Maria fazem um e o mesmo Cristo, embora sem se fundirem nem confundirem.
Isto quer dizer que entre a grandeza divina e a grandeza humana de Cristo existe uma distância suficiente para podermos distinguir o Jesus, homem pleno e perfeito com a sua autonomia de homem: alma (espírito humano), consciência e vontade humanas.
Do mesmo modo, o Filho Eterno de Deus mantém uma distância suficiente para podermos contemplar a sua grandeza divina sem quaisquer condicionamentos provenientes de Jesus de Nazaré.
Outro aspecto importante é ter presente que o Espírito Santo é o vínculo e o princípio que anima a dinâmica da Encarnação.
Seria um erro pensar que a acção do Espírito Santo se limitou a substituir o pai humano de Jesus.
Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo optimizou o amor maternal de Maria, a fim de amar Jesus com uma qualidade adequada à realidade do Filho de Deus.
Também o Filho Eterno de Deus faz um com Deus Pai, embora sem se confundirem nem fundirem.
Eis o que Cristo diz no evangelho de São João: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30). Duas das razões principais razões pelas quais os judeus decidiram a morte de Jesus foi por ele profanar o dia de sábado e por chamar Pai ao próprio Deus (Jo 5, 18).
Calmeiro Matias
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