terça-feira, 2 de junho de 2009

A ORIGINALIDADE DA ORAÇÃO CRISTÃ-II

II-ORAÇÃO E COMPROMISSO DE VIDA

No Pai-Nosso, Jesus ensinou os discípulos a pedir o pão de cada dia (Mt 6, 11). Por seu lado, São Paulo insiste em que devemos trabalhar para termos pão para comer (2 Tes 3, 10).

Isto quer dizer que Deus está connosco, mas não está em nosso lugar. Por outras palavras, Deus nunca nos substitui. Está connosco, mas não está em nosso lugar.

Orar, portanto, não é um modo mágico de obrigar Deus a agir de acordo com a nossa vontade.

Pelo contrário, através da oração, o crente dispõe-se a acolher a luz e a força para podermos discernir e agir de acordo com a vontade de Deus.

Na sua carta, São Tiago convida-nos a pedir a Deus o dom da Sabedoria (Tg 1, 5). A sabedoria, na visão cristã, é a capacidade de saborear o sentido da vida e das coisas com os critérios de Deus.

A Sabedoria que vem de Deus é um dom do Espírito Santo que emerge e se fortalece pela Palavra de Deus.

A oração feita com estes critérios prepara o nosso coração, no sentido de nos predispor a acolher os dons de Deus e a agir de acordo com a sua vontade.

O evangelho de São Mateus diz que o Pai do Céu nos ama como um Pai que dá coisas boas a seus filhos.

São Paulo pediu a Deus que o libertasse de um problema difícil que o estava a atormentar.

Segundo o seu modo de falar, ele dizia que o seu problema era como um espinho espetado na carne.

Deus, porém, respondeu-lhe que preferia dar-lhe a força do Espírito Santo, a fim de o capacitar para vencer essa e muitas outras dificuldades (2 Cor 12, 7-10).

Deus deseja dar-nos sempre o que é melhor para nós. Mas isto não significa que se limite aos nossos planos e esquemas, pois nós enganamo-nos e muitas vezes não pedimos o que é melhor para nós.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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