É confrangedor verificar como são poucos os cristãos que fazem da oração um encontro dialogado com Deus.
Mais triste ainda é saber que Deus está sempre disponível para comunicar connosco e como há tantos cristãos a pensar que só é possível orar em determinados lugares.
Se as pessoas que amamos estão ao nosso lado podemos falar com elas até quando estamos ocupados. Assim devia ser a prática cristã da oração.
Deus nunca está longe de nós. A morada de Deus é um campo espiritual contínuo de interacções amorosas.
Este campo é a interioridade máxima de todas as coisas. Como sabemos, a respiração é fundamental para podermos manter a nossa vida biológica.
Podemos dizer a mesma coisa da oração em relação à vida espiritual. Por outras palavras, a oração é tão essencial para o crescimento da vida espiritual, como o alimento para a vida corporal.
Na Primeira Carta aos Tessalonicenses, São Paulo aconselha-nos a orar sem cessar, dando constantemente graças a Deus (1 Tes 5, 17-18).
A oração não é um modo de mágico de manipular Deus, levando-o a fazer as coisas como nós queremos.
Não nos esqueçamos de que Deus é amor (1 Jo 4, 7-8). Isto quer dizer que a vontade de Deus a nosso respeito coincide rigorosamente com o que é melhor para nós.
Eis a razão pela qual Jesus, no Pai-Nosso, nos ensinou a pedir ao Pai do Céu que se faça a sua vontade.
Orar assim é o mesmo que pedir a Deus que se faça o que é melhor para nós. Muitas vezes nós insistimos junto de Deus que faça a nossa vontade sem nos apercebermos que a nossa vontade pode estar longe de coincidir com o que é melhor para nós.
Eis as palavras que Jesus dirigiu aos discípulos num ensinamento que lhes fez sobre a oração:
“Nas vossas orações não façais como os pagãos, pois estes gostam de repetir muitas palavras inúteis, pensando que, por falarem muito, serão melhor atendidos.
Não façais como eles porque o vosso Pai do Céu sabe muito bem do que precisais ainda antes de lho pedirdes” (Mt 6, 7-8).
Calmeiro Matias
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